Bloomberg — A Nutrien, maior produtor mundial de fertilizantes, disse que busca vender suas operações de varejo na Argentina, no Chile e no Uruguai para focar no Brasil e em outros mercados globais.
A empresa canadense quer priorizar mercados-chave na tentativa de aumentar os retornos para os investidores, disse um porta-voz em comunicado por e-mail à Bloomberg News.
A Nutrien, que está na América do Sul há mais de um quarto de século, procura se recuperar após registrar lucros significativamente abaixo das expectativas nos últimos três meses de 2023, devido à queda nos preços dos fertilizantes que prejudicaram os resultados no varejo.
A empresa disse em seu relatório anual que os controles cambiais da Argentina significavam que perdia dinheiro ao transferir moeda para fora do país porque tinha que usar uma taxa de câmbio mais cara.
O novo presidente, Javier Milei, prometeu acabar com os controles ao mesmo tempo em que busca desregulamentar a economia.
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A saída do negócio de varejo na Argentina ocorre enquanto o país busca baratear o mercado de herbicidas e fertilizantes para os agricultores, reduzindo os impostos de importação sobre os insumos.
Outras empresas também abandonaram o ambiente empresarial difícil da Argentina nos últimos anos, incluindo o banco HSBC e a varejista Walmart. A Bayer abandonou seu negócio de sementes de soja na Argentina em 2021.
A Nutrien não disse o que planeja fazer com sua participação de 50% na Profertil, uma empresa de fabricação de ureia e amônia que tem com a empresa estatal argentina YPF.
A YPF, sob nova gestão nomeada por Milei, busca desinvestir ativos para focar na perfuração de xisto.
A Nutrien disse na sexta-feira (12) que continuará a apoiar todos os clientes e parceiros por meio de seu processo de desinvestimento.
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