Bloomberg — A Dinamarca introduzirá um imposto sobre as emissões agrícolas no que deverá ser uma das primeiras taxas de carbono do mundo sobre a agricultura, ajudando o país nórdico a atingir sua meta climática para 2030 com o apoio dos principais grupos industriais e ambientais.
Os agricultores serão taxados em 300 coroas (US$ 43) por tonelada de CO2 equivalente emitido a partir de 2030, informou o governo na segunda-feira (24). Cinco anos depois, o imposto aumentará para 750 coroas por tonelada, embora os agricultores se beneficiem de deduções fiscais mais altas.
A Dinamarca deve se tornar uma das primeiras nações do mundo a introduzir medidas como essa. A Nova Zelândia, cujo imposto proposto inspirou o país escandinavo, disse no início deste mês que adiaria seus planos de taxar as emissões agrícolas até 2030, no máximo.
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Estima-se que o plano da Dinamarca reduzirá as emissões em 1,8 milhão de toneladas de CO2 em 2030, permitindo que o país cumpra sua meta de cortar as emissões em 70% naquele ano. Além do imposto, o governo também vai oferecer subsídios no valor de 40 bilhões de coroas para apoiar a transição.
As negociações sobre o imposto estão em andamento desde fevereiro, envolvendo órgãos que representam os agricultores e o setor de alimentos, a organização de conservação da natureza do país e o governo dinamarquês, que vem avaliando os modelos de tributação apresentados por um grupo consultivo encomendado pelo governo.
A agricultura na Dinamarca, grande exportadora de carne suína e laticínios, é uma das maiores emissoras dos países nórdicos. Sem intervenção, a agricultura seria responsável por 46% das emissões dinamarquesas em 2030, de acordo com o grupo consultivo.
-- Com a colaboração de Agnieszka de Sousa.
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