Bloomberg — A Deere & Co., a maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo, espera lucros abaixo do esperado no próximo ano, com poucos sinais de que os agricultores estão prontos para começar a comprar mais tratores.
O setor sofre com dois anos de queda nas vendas em relação aos níveis de pico de 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia no começo daquele ano fez com que os preços das colheitas disparassem e deu aos agricultores mais dinheiro para gastar em equipamentos.
O lucro líquido da Deere para o ano fiscal de 2025 ficará entre US$ 5 bilhões e US$ 5,5 bilhões, disse a empresa na última quinta-feira (21), depois de divulgar os números do trimestre encerrado que superaram as expectativas dos analistas.
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O guidance está abaixo das estimativas compiladas pela Bloomberg de US$ 5,83 bilhões e abaixo dos cerca de US$ 7 bilhões no ano fiscal que acaba de terminar.
Os resultados da Deere encerram um trimestre desanimador para o setor.
No início deste mês de novembro, as rivais CNH Industrial e AGCO reduziram suas previsões de vendas, pois os resultados não atingiram as estimativas.
A previsão da Deere também foi feita em um momento em que o presidente eleito Donald Trump ameaçou impor tarifas sobre todos os produtos que a Deere fabrica no México e vende nos EUA - uma potencial “carta na manga”, mesmo que o sentimento dos agricultores tenha melhorado recentemente.
“Em meio a desafios significativos do mercado neste ano, ajustamos proativamente nossas operações comerciais para nos alinharmos melhor com o ambiente atual”, disse o CEO John May em um comunicado.
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