Bloomberg — A Argentina, famosa pela produção e o consumo de carne bovina, tem passado por uma mudança de hábitos à medida que as famílias lidam com o orçamento mais apertado e buscam alternativas mais acessíveis, como frango e porco.
A estimativa é de que a demanda por carne bovina caia para menos de 45 quilos por pessoa este ano, o menor valor registrado desde 1914, de acordo com um relatório da Bolsa de Comercio de Rosário baseado em dados do governo.
Se o nível de consumo se confirmar, isso marcaria a primeira vez em que a demanda argentina por carne bovina se equipararia à de frango, cuja popularidade vem crescendo em todo o mundo.
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A Argentina tem enfrentado uma recessão econômica este ano. Na tentativa de controlar a inflação e estabilizar o país, o presidente Javier Milei desvalorizou a moeda e corroeu o poder de compra dos consumidores.
A carne suína e a de aves custam cerca de metade do preço da carne bovina. Uma maior conscientização sobre a importância de dietas balanceadas também levou mais famílias a escolher aves e suínos.
Dito isso, os argentinos - juntamente com os vizinhos uruguaios - ainda são confortavelmente os maiores consumidores de carne bovina do planeta.
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