Bloomberg — A China, o maior importador de soja do mundo, fez sua primeira compra de soja dos EUA para a próxima safra - meses depois do habitual.
O Departamento de Agricultura dos EUA anunciou na quarta-feira (10) que a China comprou 132.000 toneladas de soja para a safra 2024-25. Essa foi a primeira transação desse tipo para o ano comercial.
A venda ocorreu bem depois do momento em que a China normalmente começa a reservar cargas de soja dos EUA. Para esta safra de 2023-24, a nação asiática começou a comprar suprimentos americanos em dezembro de 2022 - superando o cronograma deste ano em cerca de sete meses.
“O mercado está finalmente vendo a demanda subir, e a China não pode evitar totalmente a soja dos EUA”, segundo Ben Buckner, analista-chefe de grãos da AgResource.
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A compra ocorre em meio às recentes quedas de preços que ajudaram a tornar a soja dos EUA mais atraente. Os futuros em Chicago caíram cerca de 17% este ano e, no início desta semana, os preços atingiram o nível mais baixo desde 2020.
Os EUA competem com o Brasil nas exportações de soja para a China. Um real mais fraco protegeu os agricultores do país sul-americano da queda de preços deste ano. Isso incentivou os produtores brasileiros a aumentar as vendas.
Em um exemplo claro da influência do real nas negociações, os agricultores brasileiros venderam mais de 4 milhões de toneladas métricas de soja nos cinco dias encerrados em 5 de julho, o maior volume para um período semelhante desde outubro de 2020, depois que a moeda caiu para seu nível mais fraco em mais de dois anos em relação ao dólar, de acordo com Victor Martins, gerente de risco da corretora Amius.
-- Com a colaboração de Michael Hirtzer.
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