China planeja elevar a produção de soja e outras oleaginosas para reduzir importações

Ministério da Agricultura chinês disse que pretende expandir o cultivo e plantar mais grãos geneticamente modificados; Brasil e EUA são os principais exportadores

Grãos de soja em Xangai
Por Hallie Gu
23 de Janeiro, 2024 | 02:50 PM

Bloomberg — A China pretende expandir o cultivo de colza, semente utilizada na produção de óleo de canola, e plantar mais soja geneticamente modificada para aumentar a produtividade. O objetivo é reduzir a dependência de importações.

O país tem procurado aumentar a produção de oleaginosas, como soja e colza, e reduzir a proporção de farelo na ração animal, em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, um dos principais fornecedores de commodities agrícolas, ao lado do Brasil e da Argentina. O óleo de colza é um dos ingredientes da ração animal na China.

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A China irá “estabilizar” a área cultivada com soja e concentrar-se no seu melhor aproveitamento, com expansão do plantio de variedades mais produtivas, disseram autoridades do Ministério da Agricultura chinês nesta terça-feira (23). O país também pretende plantar mais milho transgênico.

A produção de soja do país aumentou significativamente nos últimos anos, mas a área maior para a oleaginosa reduziu o plantio de outras culturas importantes como milho.

A China reduziu a proporção de farelo de soja na alimentação animal para 13%, uma queda de 1,5 ponto percentual em relação a 2022, e equivalente a cerca de 9 milhões de toneladas de soja, segundo um funcionário do Ministério da Agricultura.

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As importações de soja da China cresceram 11% no ano passado, para 99,41 milhões de toneladas, quase igualando a máximo histórica de 2020. Um aumento da safra do país poderá reduzir significativamente as compras no mercado global.

Além de aumentar a produtividade e estabilizar a área cultivada, o governo também se concentrará na redução de perdas causadas por desastres.

As condições meteorológicas para a agricultura na China este ano serão, em geral, ruins, e os desafios de combater catástrofes e garantir colheitas abundantes continuam grandes, disse Pan Wenbo, chefe da divisão de gestão de plantio do ministério.

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O ministério elaborará planos de contingência para a prevenção de desastres em diferentes regiões e culturas e estabelecerá centros regionais para responder a catástrofes e garantir a produção de cereais.

-- Com informações da Bloomberg Línea.

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