Bloomberg — Um tribunal brasileiro condenou a Cargill por comprar cacau de produtores que exploram trabalhadores em condições análogas à escravidão e usam trabalho infantil, de acordo com o Ministério Público do Trabalho do país.
A compra incluiu aquisições diretas e indiretas de matérias-primas das fazendas, disseram os procuradores em um comunicado. A Cargill, a maior empresa de comércio de commodities do mundo, foi condenada a formalizar contratos com fornecedores, adotar mecanismos de inspeção do trabalho e pagar R$ 600.000,00 (US$ 120.000,00) como indenização, como parte da decisão do juiz, disseram os procuradores. A decisão não foi tornada pública, e a empresa pode recorrer.
A Cargill não quis comentar a declaração dos promotores. Em uma declaração enviada por e-mail, a empresa escreveu que não tolera o tráfico de pessoas, o trabalho forçado e o trabalho infantil em suas operações e cadeias de suprimentos.
De acordo com os procuradores, a juíza Naiara Lage Pereira, da Vara do Trabalho da Bahia, disse em sua decisão que não havia dúvidas sobre as condições análogas à escravidão e o uso de trabalho infantil nas fazendas, bem como sobre sua ligação com a Cargill.
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