Aumento do preço da soja brasileira reduz vantagem competitiva sobre EUA

Cotação dos grãos produzidos no Brasil passou a contar com diferença mais baixa na comparação com preços futuros praticados nos Estados Unidos

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Bloomberg — O preço da soja brasileira subiu para níveis com os quais os exportadores americanos conseguem competir melhor, o que deve elevar a demanda pelos milhões de toneladas da oleaginosa ainda armazenadas em todo o Meio-Oeste dos EUA.

A soja para entrega em julho no Porto de Paranaguá foi negociada nesta terça-feira (28) com a um prêmio de 34 centavos de dólar por bushel em relação aos futuros de referência em Chicago, e mais ou menos em paridade com o preço nos portos americanos do Golfo do México, revertendo um desconto de até US$ 1,20 no início deste ano.

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É uma boa notícia para os produtores de soja americanos, que há mais de um ano veem os rivais brasileiros inundarem o mercado com cargas muito mais baratas após a safra gigante de 162 milhões de toneladas em 2023.

Este ano, a oferta no Brasil tende a ser mais apertada devido a um declínio na produção e aos problemas causados pelas inundações no Rio Grande do Sul. Isso, somado a margens de esmagamento fortes no país, deu aos produtores espaço para exigir preços mais elevados.

“Os EUA retomarão o domínio sobre o comércio mundial de soja entre agosto e dezembro, mas depois perderão novamente para o Brasil muito rapidamente quando a colheita começar em janeiro”, disse Ben Buckner, analista-chefe de grãos da AgResource.

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