Bloomberg Línea — A morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21) acontece um dia após ele ter abençoado e desejado uma “Feliz Páscoa” a milhares de fiéis na Basílica de São Pedro e na Praça de São Pedro, após o Domingo da Ressurreição, em meio à Semana Santa celebrada por essa religião.
O argentino Jorge Mario Bergoglio, o primeiro latino-americano e jesuíta a liderar os católicos, faleceu na manhã desta segunda-feira, aos 88 anos, informou o Vaticano por meio de um comunicado de imprensa que rapidamente repercutiu em todos os cantos do planeta.
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“Queridos irmãos e irmãs, com profunda dor devo anunciar o falecimento de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã [no horário de Roma], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”, declarou na mensagem o cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Sé.
O Vaticano não especificou na mensagem as causas oficiais da morte de Francisco, que, entre fevereiro e março, esteve internado no Hospital Universitário Agostino Gemelli, em Roma, por causa de uma bronquite. Ele foi posteriormente diagnosticado também com pneumonia bilateral.
“Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, disse o cardeal Farrell.
“Com imensa gratidão por seu exemplo de verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, confiamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino.”
As condições de saúde de Francisco
O Papa Francisco teve que lidar com algumas complicações de saúde ao longo da vida e, especialmente, em 2025, quando já estava com 87 anos - ele nasceu em 17 de dezembro de 1936.
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O Sumo Pontífice sofreu uma pneumonia grave aos 21 anos, razão pela qual teve de retirar o lobo superior de um dos pulmões — doença que voltou a ser diagnosticada em fevereiro passado e que lhe causou diversas crises respiratórias no hospital.
O Papa Francisco também sofria de diverticulite, ou seja, inflamação no cólon, e enfrentava os efeitos de uma hérnia. Ambas as condições o levaram a ser hospitalizado nos últimos anos, juntamente com outra bronquite.
A primeira internação foi em julho de 2021, para uma colectomia esquerda — cirurgia na qual parte do cólon foi retirada. A segunda ocorreu em março de 2023, devido a um episódio de bronquite. Já a terceira internação foi em junho do mesmo ano, para uma cirurgia de hérnia abdominal.