Fortuna de Buffett cresce enquanto outros bilionários perdem mais de US$ 500 bi

Megainvestidor da Berkshire Hathaway é um dos únicos entre os 20 bilionários mais ricos do mundo a registrar ganhos em 2025; Elon Musk, apoiador de Trump, perdeu US$ 134,7 bilhões

Buffett é uma das duas únicas pessoas entre as 20 primeiras da lista que aumentaram sua riqueza este ano. (Foto: Andrew Harrer/Bloomberg)
Por Alexandre Rajbhandari
08 de Abril, 2025 | 01:56 PM

Bloomberg — Entre as pessoas mais ricas do mundo, Warren Buffett está entre os raros casos cuja fortuna pessoal cresceu neste ano, em particular depois que as tarifas do presidente Donald Trump desencadearam uma onda vendedora que apagou trilhões de dólares de valor das ações globais.

O patrimônio líquido de Buffett aumentou em US$ 11,5 bilhões neste ano, chegando a US$ 153,5 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.

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Isso ocorre apesar de uma queda de US$ 14,5 bilhões desde 2 de abril, quando o patrimônio líquido do investidor de Omaha, no estado de Nebraska, atingiu seu nível mais alto em cinco anos.

Buffett, de 94 anos, é agora a quarta pessoa mais rica do mundo e uma das duas únicas pessoas entre as 20 primeiras da lista que aumentaram sua riqueza este ano.

A outra é a herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers, que ganhou US$ 1,8 bilhão e ocupa a 19ª posição no ranking da Bloomberg.

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As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam mais de US$ 500 bilhões nos dois pregões que se seguiram ao anúncio de Trump.

Elon Musk, que continua sendo a pessoa mais rica do mundo, perdeu US$ 134,7 bilhões até agora este ano.

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Sua fortuna caiu para US$ 297,8 bilhões na segunda-feira (7), marcando a primeira vez que seu patrimônio líquido caiu abaixo de US$ 300 bilhões desde novembro.

As ações da Berkshire Hathaway, de Buffett, caíram 8,8% desde 2 de abril, em comparação com a queda de 10,7% do S&P 500.

O desempenho comparativamente forte do conglomerado reflete como os setores imobiliário e de seguros permanecem relativamente isolados do comércio global.

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Também é provável que alguns investidores prevejam que Buffett aproveitará a oportunidade para fazer uma grande compra.

Nos últimos trimestres, ele tem se evitado realizar grandes negócios, reduzindo sua participação na Apple (AAPL) e no Bank of America (BAC), duas empresas cujas ações caíram dois dígitos desde o anúncio de Trump.

-- Com a colaboração de Jack Witzig.

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