Bloomberg — Os bônus médios de Wall Street aumentaram no ano passado, com o total de pagamentos em um salto para um recorde de US$ 47,5 bilhões, à medida que os lucros do setor dispararam.
O bônus anual médio aumentou em quase um terço, para US$ 244.700, o primeiro aumento significativo desde a pandemia de covid-19, de acordo com estimativas do Controlador do Estado de Nova York, Thomas DiNapoli.
O total de bônus é o maior desde pelo menos 1987, quando os registros começaram a ser feitos, já que os ganhos de receita de negociação e subscrição alimentaram uma quase duplicação dos lucros.
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“Essa força do mercado financeiro é uma boa notícia para a economia de Nova York e nossa posição fiscal, que depende da receita tributária gerada”, disse o controlador em um comunicado na quarta-feira.
"No entanto, o aumento da incerteza na economia em meio a mudanças significativas na política federal pode diminuir as perspectivas para partes do setor de valores mobiliários em 2025."
Wall Street foi responsável por 19% da receita tributária do estado de Nova York entre 2023 e 2024, e DiNapoli estimou que os bônus de 2024 gerarão US$ 600 milhões a mais em receita de imposto de renda estadual e US$ 275 milhões a mais para a cidade de Nova York em comparação com 2023.
O orçamento proposto pela governadora Kathy Hochul presumia que os bônus do setor financeiro e de seguros do estado aumentariam em 16,4% para este ano fiscal e, com base na estimativa de DiNapoli, a receita tributária proveniente dos pagamentos do setor de títulos e valores mobiliários deve atender ou exceder essas expectativas.
As autoridades da cidade de Nova York e do estado enfrentam possíveis lacunas orçamentárias criadas por cortes no financiamento federal.
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As recentes ameaças do governo Trump de interromper o programa de preços de congestionamento de Nova York também deixariam uma cratera de vários bilhões de dólares no orçamento da Metropolitan Transportation Authority.
DiNapoli disse que o emprego em títulos de Wall Street atingiu seu nível anual mais alto em cerca de 30 anos, com 201.500 trabalhadores, superando o pico anterior em 2000.
As empresas financeiras estão liderando um impulso de retorno aos escritórios na cidade de Nova York e também representam uma parcela maior da nova atividade de locação desde a pandemia, estimulando o desenvolvimento imobiliário na cidade de Nova York.
A participação da cidade de Nova York nos empregos do setor de valores mobiliários em nível nacional caiu para 18%, de cerca de 33% em 1990, à medida que as empresas financeiras transferem seus empregos para outras regiões a fim de reduzir os custos, disse DiNapoli.
-- Com a colaboração de Pierre Paulden.
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