Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!
Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Global Wealth Management, avalia com cautela o desempenho de ativos brasileiros diante da correção nas bolsas de Nova York e do temor de investidores com uma desaceleração mais acentuada da economia americana.
Segundo a economista, a deterioração dos preços dos ativos no fim de 2024 e o aumento da taxa Selic criaram uma espécie de “buffer” para os mercados brasileiros, permitindo que o Ibovespa não tenha sido tão afetado por quedas mais bruscas das ações nos Estados Unidos. No entanto essa proteção não deve se sustentar caso a aversão ao risco global se intensifique.
“É difícil para países emergentes terem um fluxo positivo em momentos de risk off”, disse Sour em entrevista à Bloomberg Línea na terça-feira (11), na sede do UBS em São Paulo.
A diretora do UBS GWM apontou ainda os riscos fiscais que envolvem a própria economia brasileira. “Todo dia há uma discussão sobre algum tipo de subsídio, seja para a conta de energia elétrica, seja para alimentação, que não tem espaço no Orçamento, que pode ficar fora da regra fiscal”, disse Srour.
⇒ Leia mais: Brasil não está imune a cenário de aversão a risco global, diz Solange Srour
No radar dos mercados
Os futuros das ações dos EUA operam em queda nesta quinta-feira (13) à medida que as preocupações sobre se os legisladores em Washington evitarão uma paralisação do governo no fim de semana aumentaram a incerteza em relação às perspectivas para a economia americana.
- Budweiser APAC prepara cortes. A empresa da Ásia-Pacífico planeja cortar milhares de empregos como parte de uma estratégia para reduzir os custos operacionais em cerca de 15% este ano, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A China será a mais afetada pelo plano.
- Os planos do novo CEO da Intel. O novo executivo à frente da big tech, Lip-Bu Tan, sinalizou, em carta enviada aos funcionários, que continuará com o plano de seu antecessor Pat Gelsinger de fabricar chips para outras empresas, mesmo enquanto promete aprender com erros do passado.
- Nova fronteira para o ouro. O crescente apelo do metal como ativo de segurança pode levá-lo a um patamar recorde de US$ 3.500 por onça no terceiro trimestre, disseram analistas da gestora Macquarie. O ouro subiu 12% este ano, impulsionado por incertezas geopolíticas e pelas tarifas de Trump.
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🔘 As bolsas ontem (12/03): Dow Jones Industrials (-0,20%), S&P 500 (+0,49%), Nasdaq Composite (+1,22%), Stoxx 600 (+0,81%), Ibovespa (+0,29%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Cogna supera resultados de plano de quatro anos. E avança de olho no futuro, diz CEO
• Equinor desiste de vender fatia em Peregrino após interesse da Prio, dizem fontes
• Chevron mira Brasil, México e Oriente Médio para substituir o petróleo da Venezuela
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• Também é importante: Solomon, CEO do Goldman Sachs, diz que empresas querem mais clareza de Trump | Escalada dos preços do cacau e do café abala mercado futuro e paralisa exportações
• Opinião Bloomberg: Tarifas são como um imposto sobre consumidores e protegem empresas ineficientes
• Para não ficar de fora: Em resposta a Trump, Groenlândia elege novo governo que rejeita ‘venda’ aos EUA
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