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A Alemanha vai desbloquear centenas de bilhões de euros para investimentos em defesa e infraestrutura em uma mudança drástica que derruba seus controles rígidos sobre empréstimos governamentais.
Prestes a se tornar chanceler, Friedrich Merz disse na terça-feira (4) que a Alemanha vai alterar a constituição, com o apoio de partidos de centro, para isentar os gastos com defesa e segurança dos limites de gastos fiscais para fazer “o que for preciso” para defender o país.
“A Europa precisa fortalecer a defesa”, disse Merz, cuja aliança CDU/CSU terminou em primeiro lugar em uma eleição federal há pouco mais de uma semana. “As decisões necessárias não podem mais ser adiadas após as escolhas recentes do governo americano.”
Os países europeus precisam mobilizar trilhões de euros em fundos de defesa adicionais para combater a ameaça de agressão da Rússia de Vladimir Putin, já que os EUA de Donald Trump parecem prontos para reduzir sua presença de segurança no continente - a começar pela Ucrânia.
⇒ Leia mais: Alemanha vai desfazer amarra fiscal e investir em defesa após recuo dos EUA
No radar dos mercados
Futuros em Nova York operavam com leve alta na manhã desta quarta-feira (5), depois que o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que Donald Trump teria novas conversas com os líderes de Canadá e México que poderiam suspender algumas tarifas comerciais já em vigor.
- Trump reitera tarifas. Poucas horas depois de Lutnick, o presidente americano fez um discurso de 1h40 ao Congresso e reafirmou a sua política de imposição de taxas de importação a parceiros importantes. Ele também elogiou a atuação de Elon Musk e atacou políticas “woke”.
- Volatilidade no radar. Contratos de opções apontam para uma sessão com uma volatilidade não vista desde o day after da eleição americana, segundo o Citi, na esteira do discurso de Donald Trump ao Congresso em que ele reafirmou algumas de suas principais promessas de campanha.
- UE relaxa metas de emissão. A decisão da União Europeia de não aplicar multas relacionadas a metas mais rigorosas de emissão que deveriam valer a partir deste ano, depois de meses de pressão da indústria automotiva europeia, vai beneficiar em particular Volkswagen e Stellantis, segundo analistas.
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🔘 As bolsas ontem (04/03): Dow Jones Industrials (-1,55%), S&P 500 (-1,22%), Nasdaq Composite (-0,35%), Stoxx 600 (-0,46%), Ibovespa (-)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Trudeau acusa Trump de usar guerra comercial com o objetivo de anexar o Canadá
• Com safra recorde, BB espera queda da inadimplência do agro, diz CEO
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