Fundo de US$ 1,8 tri da Noruega sai de 49 empresas e diz que mantém foco em ESG

Fundo soberano, que investe os recursos das riquezas de petróleo e gás do país nórdico, disse que continua a perseguir objetivos ambientais, sociais e de governança por meio dos ativos em seu portfólio

Plataforma de petróleo na Noruega
Por Kari Lundgren
06 de Fevereiro, 2025 | 07:37 AM

Bloomberg — O fundo soberano da Noruega, com US$ 1,8 trilhão em ativos sob gestão, vendeu participações em 49 empresas no ano passado com base em avaliações de sustentabilidade, ante 86 no ano anterior, e manteve seu foco em princípios ESG apesar da reação mais ampla contra critérios ambientais, sociais e de governança.

A partir do final de 2025, 74% das emissões financiadas de empresas no portfólio do fundo foram cobertas pelas metas de emissões líquidas zero para 2050, disse o Norges Bank Investment Management - como é oficialmente conhecido - em seu relatório anual de sustentabilidade nesta quinta-feira (6).

PUBLICIDADE

Leia também: Apple, Microsoft e Nvidia contribuem para retorno de fundo de US$ 1,7 tri da Noruega

Dos desinvestimentos, cinco estavam associados ao risco climático, 15 devido à gestão insuficiente de riscos relacionados aos direitos humanos e oito estavam relacionados aos esforços anticorrupção.

O fundo, que investe as riquezas decorrentes da exploração de petróleo e gás da Noruega, quer que todas as empresas em que investe atinjam zero emissões líquidas até 2050.

PUBLICIDADE

Ele votou em mais de 11.000 reuniões de acionistas e foi contra a administração em 5% das resoluções por motivos que vão desde a remuneração dos executivos até a independência do conselho, disse o Norges Bank.

“Muitas empresas veem a transição energética como uma oportunidade,” disse a diretora de Governança e Conformidade, Carine Smith Ihenacho, no relatório. “Embora esse progresso seja encorajador, a transição deve ganhar mais ritmo, apoiada por medidas políticas coerentes.”

O relatório chega em um momento em que muitos líderes empresariais e legisladores - especialmente na Europa - questionam as regulamentações de ESG devido à preocupação de que as exigências estejam impedindo as empresas de competir livremente com seus pares nos EUA e na Ásia.

PUBLICIDADE

Eles apontam para a estagnação da economia do bloco e alertam que a competitividade cairá ainda mais à medida que o presidente Donald Trump forçar um programa de desregulamentação do outro lado do Atlântico.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

‘Venda ações de big techs, compre China’, diz chefe do fundo soberano da Noruega