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A ‘destruição criativa’ da IA

Também no Breakfast: O anúncio de dividendos extraordinários pelo Itaú | Bunge corta projeção de lucros ao menor nível desde 2019 | A volta por cima da Disney com impulso de filmes e de streaming

06 de Fevereiro, 2025 | 07:11 AM
Tempo de leitura: 3 minutos

Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!

A adoção da Inteligência Artificial (IA) tem causado mudanças de “nível tectônico”, com graves consequências sociais e econômicas para países e sociedades em ritmo acelerado. Nesse quadro, o mundo precisa atuar de forma coletiva para reforçar instituições a fim de regular a forma como a tecnologia vai ser adotada para que seja possível proteger as pessoas, especialmente em relação ao trabalho.

Essa é a avaliação é ganhador do Prêmio Nobel de Economia James A. Robinson, professor da Universidade de Chicago, uma das referências para o pensamento liberal no mundo moderno. “Precisamos desenvolver uma IA que seja amigável para os trabalhadores”, disse Robinson em entrevista à Bloomberg Línea.

“O panorama geral é [o entendimento de] que a IA não só afeta os trabalhadores como aumentará a desigualdade entre os países e aumentará a desigualdade dentro dos países. São mudanças de grande impacto, que precisam de regulamentação, o que não está acontecendo”, afirmou.

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Segundo ele, há um grande otimismo em relação aos avanços da tecnologia, com a perspectiva de ganho de produtividade e aumento global do PIB em uma velocidade maior do que em qualquer momento do passado. Ainda assim, é preciso pensar sobre as consequências dessa transformação.

“Eu não acho que vimos nada parecido na história mundial. É preciso saber que mudanças tecnológicas como a IA podem criar grandes desafios sociais. A mudança tecnológica causa destruição criativa”, disse.

⇒ Leia mais: Sem regulação global, IA causará destruição criativa, diz Nobel de Economia

O economista James A. Robinson, ganhador do Prêmio Nobel

No radar dos mercados

As ações globais operam em alta nesta quinta-feira (6), em um dos dias mais movimentados da temporada de balanços, com a queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro impulsionando o apetite pelo risco na ausência de novos desdobramentos sobre a guerra comercial.

- Risco ESG. O fundo soberano de US$ 1,8 trilhão da Noruega desinvestiu em 49 empresas no ano passado com base em avaliações de sustentabilidade, ante 86 no ano anterior. O fundo quer que todas as empresas em que investe atinjam zero emissões até 2050.

- Nissan em busca de parceiro. Montadora estaria em busca de um novo parceiro enquanto se prepara para encerrar as negociações com a Honda, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A Nissan já anunciou que teve uma queda de 94% no lucro líquido no semestre mais recente.

- Volvo enfrenta solavancos. A montadora de veículos elétricos e híbridos enfrentará dificuldades este ano para igualar suas vendas e lucros de 2024, segundo comunicado. As ações da Volvo caíram até 7,2% em Estocolmo na quinta-feira e já perderam um quarto de seu valor nos últimos 12 meses.

Ações globais 06/02/25

Leia a matéria completa sobre o que guia os mercados hoje

🔘 As bolsas ontem (05/02): Dow Jones Industrials (+0,71%), S&P 500 (+0,39%), Nasdaq Composite (+0,19%), Stoxx 600 (+0,47%), Ibovespa (+0,31%)

LEIA + Siga a trilha dos mercados para conhecer as variáveis que orientaram os investidores →

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Destaques da Bloomberg Línea:

Trump enfrenta oposição de países árabes e europeus com plano para assumir Gaza

Bunge corta projeção de lucros ao menor nível desde 2019 e cita incerteza geopolítica

Itaú tem lucro recorde em 2024 e aprova R$ 12,2 bi em dividendos extraordinários

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• Também é importante: Santander consolida transformação e agora prioriza rentabilidade, diz CEO | Vendas da Tesla na Alemanha caem 59% após Musk ingressar na política local

• Opinião Bloomberg: A DeepSeek trouxe avanços à IA. Mas as falhas de segurança não devem ser ignoradas

• Para não ficar de fora: Final feliz para Disney? Empresa supera previsões com força de ‘Moana 2′e streaming

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Equipe Breakfast: Marcelo Sakate (Editor-chefe, Brasil), Filipe Serrano (Editor, Brasil), Daniel Buarque (Editor-assistente, Brasil) e Naiara Albuquerque (Editora-assistente, Brasil)
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