Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!
Depois de uma retração de quase 10% dos preços do minério de ferro no ano passado, a commodity deve passar por uma nova queda em 2025, diante da continuidade do enfraquecimento da demanda da China, principal mercado consumidor global.
Em paralelo, as incertezas sobre a evolução da agenda de transição energética sob influência do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos pesam sobre o produto de qualidade superior, que garante margens mais elevadas às grandes mineradoras, como a brasileira Vale e a anglo-australiana Rio Tinto.
Segundo o líder de energia e recursos naturais da EY, Afonso Sartorio, as importações chinesas de minério de ferro bateram recorde em 2024, somando 1,24 bilhão de toneladas, um avanço de 4,9% em relação a 2023. Mas um volume expressivo ficou estocado nos portos, com aumento de 28% em relação ao ano anterior.
“Os estoques elevados nos portos chineses também agem como limitantes”, disse Sartorio.
⇒ Leia mais: Da Vale à Rio Tinto: como a nova ordem global deve afetar o minério de ferro
No radar dos mercados
As ações globais operam em queda nesta quarta-feira (5) enquanto investidores avaliam a guerra comercial de Trump e uma agenda cheia de balanços de big techs.
- Acordo auto em xeque. A Nissan teria desistido da fusão com a Honda, segundo informações do jornal Nikkei. Após sete semanas de negociações turbulentas, as empresas não teriam conseguido chegar a um consenso, de acordo com o jornal, que citou fontes não identificadas.
- Lucro da Nomura acima do esperado. Os rendimentos da corretora japonesa chegaram a ¥ 101,4 bilhões (US$ 661 milhões) nos três meses encerrados em 31 de dezembro. O resultado ficou acima do esperado pelos analistas, que projetavam ¥ 72,4 bilhões em lucros.
- Novo boom de Ozempic. A Novo Nordisk projeta que as vendas do seu remédio de diabetes Ozempic e do tratamento para obesidade Wegovy aumentem novamente este ano. A receita pode crescer entre 16% e 24%, projetou a empresa.
→ Leia a matéria completa sobre o que guia os mercados hoje
🔘 As bolsas ontem (04/02): Dow Jones Industrials (+0,30%), S&P 500 (+0,72%), Nasdaq Composite (+1,35%), Stoxx 600 (+0,22%), Ibovespa (-0,65%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Guerra comercial já faz estragos: Diageo cita incertezas e retira meta de vendas
• Google muda princípios sobre IA e exclui trechos sobre evitar armas e danos gerais
• Resposta chinesa com tarifas aos EUA parece ‘contida até o momento’, dizem analistas
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• Também é importante: Na CloudWalk, IA já responde por quase 50% dos R$ 3,4 bi em receita anualizada | Ferrari ignora crises do setor auto e do mercado de luxo com alta de 14% nas vendas
• Opinião Bloomberg: Trump adiou as tarifas sobre o México. Mas os prejuízos vieram para ficar
• Para não ficar de fora: Spotify tem lucro anual inédito após 16 anos e 263 milhões de assinantes pagos
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