J. Safra Sarasin estuda aquisição do Saxo Bank da Dinamarca, dizem fontes

Banco suíço que faz parte do império financeiro da família Safra, erguido pelo banqueiro Joseph Safra, tem mantido conversa com os principais acionistas da instituição escandinava

A sign sits outside the offices of Saxo Bank A/S in Copenhagen, Denmark, on Wednesday, Oct. 12, 2011. Denmark's bank winding-up agency is telling struggling lenders to seek its help before they collapse as the government steps up efforts to push through takeovers to ensure the country doesn't experience more bail-ins. Photographer: Ulrik Jantzen/Bloomberg
Por Vinicy Chan - Jan-Henrik Förster - Sara Sjolin
03 de Fevereiro, 2025 | 01:13 PM

Bloomberg — O Banco J. Safra Sarasin tem explorado uma possível aquisição do Saxo Bank da Dinamarca, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram com a Bloomberg News.

O banco suíço da família Safra tem mantido conversações com o Saxo Bank sobre uma possível transação, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as conversações são privadas.

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Outros candidatos desistiram da disputa depois de não chegarem a um acordo, de acordo com as pessoas.

O Saxo disse em julho que contratou o Goldman Sachs para uma venda. Os principais acionistas da empresa incluem o Geely Holding Group, a Mandatum Oyj da Finlândia e o fundador Kim Fournais.

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O Interactive Brokers Group e um consórcio da Altor Equity Partners e da Centerbridge Partners estavam entre aqueles que demonstraram interesse inicial no Saxo, noticiou a Bloomberg News em outubro.

Não há certeza de que as deliberações do Safra Sarasin levarão a um acordo, e outro comprador poderá surgir, disseram as pessoas. Os representantes do Safra Sarasin e do Saxo Bank não quiseram comentar.

Qualquer transação bem-sucedida se somaria a uma onda de negócios no setor de serviços financeiros da Europa, impulsionada por bancos que buscam maneiras de aplicar seu excesso de caixa e fundos de private equity que estão de saída de seus investimentos bancários.

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O Saxo tinha cerca de € 109 bilhões (US$112 bilhões) de ativos de clientes em sua plataforma de negociação no final de junho do ano passado.

A empresa foi criada em 1992 e, até 2017, era administrada pelos cofundadores Fournais e Lars Seier Christensen, que a transformaram em uma das maiores plataformas de trading da Europa.

Em 2017, Seier Christensen deixou o banco e vendeu sua participação de 25,71% para a Geely em um negócio que avaliou o Saxo em 1,325 bilhão de euros. A Geely agora possui quase 50% da empresa.

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Desde então, Fournais permaneceu como CEO, conhecido localmente como o rosto franco do Saxo Bank e famoso por ter comprado uma pequena ilha dinamarquesa para instalar seu resort de luxo particular e suas instalações para iates. Ele também é conhecido por voar em seu próprio avião para reuniões com clientes.

O Bank J. Safra Sarasin faz parte de um império bancário familiar que abrange o Brasil, a Suíça e os EUA, construído pelo bilionário Joseph Safra, já falecido, que adquiriu o banco privado suíço Sarasin em 2011.

A empresa se concentra na gestão de patrimônio (wealth management) e de ativos e supervisionava cerca de 204 bilhões de francos suíços (US$ 223 bilhões) até o final de 2023, segundo seu site.

O Safra Sarasin, de capital fechado, concluiu em dezembro a aquisição da empresa de investimentos em tecnologia médica MIV Asset Management por um valor não revelado.

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