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O ano de 2025 começou com riscos amplos para a agenda ESG. Estrelas em ascensão do mercado de capitais nos últimos anos, ativos que seguem preceitos ambientais, sociais e de governança sofrem um revés com o começo do segundo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos.
O republicano tem adotado ações práticas contra a agenda ambiental e de diversidade, que incluiu, entre outras medidas, o anúncio da saída dos EUA do Acordo de Paris logo no primeiro dia de governo. E determinou o fim de programas de diversidade e equidade em agências federais e investigação no setor privado.
O ambiente político sob o comando do republicano e do movimento conhecido nos EUA como anti-woke também tem ditado os rumos do recuo da agenda ESG entre grandes companhias americanas.
Ainda assim, a onda anti-ESG nos EUA não deve ser motivo para pânico na avaliação de José Pugas, diretor da Régia Capital. Criada em 2024, a joint-venture entre BB Asset e JGP é considerada a maior gestora dedicada exclusivamente a investimentos sustentáveis do Brasil, com R$ 5 bilhões em ativos.
“Os movimentos são especialmente de companhias com sede nos EUA. Globalmente, a pauta deve continuar forte”, afirmou Pugas em entrevista à Bloomberg Línea. “Nosso principal concorrente nessa frente são os EUA. Agora que se tornam um mercado complicado para receber esses recursos, o capital terá que migrar para algum outro lugar”, o que pode beneficiar ativos brasileiros, em sua avaliação.
⇒ Leia mais: Recuo em agenda ESG nos EUA cria oportunidade ao Brasil, vê maior gestora na área
No radar dos mercados
Os mercados globais operam em queda nesta quinta-feira (23), após os índices europeus e americanos terem avançado próximos a máximas históricas desde a posse do presidente Donald Trump.
- Puma frustra investidores. As ações da empresa alemã de roupas esportivas despencaram um resultado abaixo das estimativas no quarto trimestre. A companhia anunciou medidas de contenção de gastos, e reduziu sua projeção de margem de lucro em um comunicado.
- A nova empreitada do CEO do Spotify. A Neko Health, startup fundada por Daniel Ek, o cofundador do Spotify, levantou US$ 260 mi para levar sua tecnologia de escaneamento corporal aos EUA. A nova rodada, liderada pela Lightspeed Venture Partners, avaliou a startup em cerca de US$ 1,8 bi.
- Incertezas no horizonte, segundo a Hyundai. A terceira maior montadora do mundo projeta vender 4,17 milhões de carros este ano, apenas 0,1% a mais do que em 2024, diante das ameaças de novas tarifas do presidente Donald Trump, e um cenário político doméstico turbulento.
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🔘 As bolsas ontem (22/01): Dow Jones Industrials (+0,30%), S&P 500 (+0,61%), Nasdaq Composite (+1,28), Stoxx 600 (+0,39%), Ibovespa (-0,30%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• Milei diz que deixaria o Mercosul para fechar acordo de livre comércio com os EUA
• Nasdaq quer repensar regulação com Trump para favorecer listagens, diz CEO
• Trump intensifica esforço para desmantelar políticas de diversidade nas empresas
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• Opinião Bloomberg: Deixar o Acordo de Paris é uma autossabotagem que custará caro aos EUA
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