Sucessão no JPMorgan: dois nomes fortes saem da disputa por CEO - por enquanto

Maior banco americano escolhe Jenn Piepszak como COO e ela expressa que não deseja assumir o cargo de Jamie Dimon; e Daniel Pinto, atual presidente e COO, vai se aposentar ao fim de 2026

JPMorgan Chase nomeou Jenn Piepszak como diretora de operações, um dos cargos mais importantes em sua hierarquia
Por Hannah Levitt
14 de Janeiro, 2025 | 01:32 PM

Bloomberg — O JPMorgan Chase nomeou Jenn Piepszak como diretora de operações (COO), um cargo que confirma sua força como eventual nome na corrida para a sucessão futura do CEO Jamie Dimon. Mas ela avisou que não tem planos para sucedê-lo.

Piepszak, 54 anos, "não quer ser considerada para o cargo de CEO neste momento", disse o porta-voz Joe Evangelisti. "Sua preferência clara é por uma função operacional sênior, trabalhando em estreita colaboração com Jamie e apoiando a liderança superior no futuro."

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Daniel Pinto, atual presidente do JPMorgan e COO, se aposentará no final de 2026, após mais de quatro décadas no banco, informou a empresa em um comunicado na terça-feira (14).

Piepszak assumirá o cargo de COO de modo imediato, e Pinto, 62 anos, deixará suas outras responsabilidades no meio do ano e se tornará vice-presidente, de acordo com o comunicado.

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A decisão de Piepszak é a mais recente reviravolta na longa discussão - com pitadas de especulações - sobre quem será o sucessor de Dimon, o CEO mais longevo de um grande banco dos EUA.

Dimon, 68 anos, transformou o JPMorgan no maior banco dos EUA em suas duas décadas no comando. Piepszak é considerada uma das principais candidatas a assumir o cargo quando Dimon sair.

O JPMorgan (JPM) também informou que Doug Petno, co-head do banco global, sucederá Piepszak como co-head do banco comercial e de investimento, trabalhando com o atual co-head Troy Rohrbaugh, 54 anos.

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Marianne Lake, 55 anos, que comanda o banco comunitário e de consumo, e Mary Erdoes, head de gestão de ativos e wealth, continuarão em suas funções atuais, de acordo com o comunicado.

As mudanças marcam a última grande mudança no topo do JPMorgan, um ano depois que Piepszak e Rohrbaugh foram nomeados para co-liderar um banco comercial e de investimento expandido, combinando o banco corporativo e de investimentos e o banco comercial antigos no ano passado. Anteriormente, Piepszak dirigiu a unidade de consumo ao lado de Lake.

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O nome de Piepszak ganhou impulso nos últimos anos por meio de uma série de promoções rápidas, embora a Bloomberg News tenha relatado em 2023 que ela já havia demonstrado reticência em assumir o cargo principal.

Dimon assumiu o comando do JPMorgan em 2006 e brincava frequentemente que sua aposentadoria estava a cinco anos de distância, não importando quando fosse questionado.

Ele mudou essa postura recentemente, dizendo aos investidores em maio que o cronograma “não é mais de cinco anos”. O conselho do JPMorgan indicou que Dimon pode permanecer como presidente desse colegiado após deixar o cargo de CEO.

Pinto, natural da Argentina, iniciou sua carreira em uma das antecessoras do JPMorgan em 1983 para ajudar a pagar um diploma em contabilidade pública e administração de empresas. Ele nunca saiu. Começando como trader de moedas em Buenos Aires, ele subiu na hierarquia em mesas de mercados emergentes, navegando por crises financeiras em lugares como Brasil e Rússia.

Ele ascendeu nos níveis do banco corporativo e de investimentos do JPMorgan, atendendo empresas e investidores institucionais, e tornou-se o único chefe da divisão em 2014.

Pinto foi nomeado presidente e COO único há três anos, quando seu ex-co-líder, Gordon Smith, se aposentou. No final de 2021, o conselho do JPMorgan concedeu a Pinto uma premiação especial em ações para que ele permanecesse na empresa “por mais um número significativo de anos” — semelhante a uma premiação recebida por Dimon no mesmo ano.

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