Bloomberg — O Itaú Janeiro, fundo multimercado da Itaú Asset comandado pelo ex-diretor do Banco Central Bruno Serra, disse que iniciou 2025 com leves posições compradas em ativos de Brasil, citando condições “extremamente deterioradas de liquidez e volatilidade” do mercado doméstico.
“Preferimos começar o ano relativamente leves nos ativos brasileiros, aproveitando de forma oportunista os exageros do mercado”, segundo carta de gestão do Janeiro.
O fundo adota viés de se posicionar em queda das taxas de juros nominais e vender NTN-B, papéis atrelados à inflação, segundo o documento.
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A expectativa é de que as vendas “significativas” de dólar pelo Banco Central no mercado à vista ocorridas em dezembro “tenham sido uma exceção”, disse a carta.
Dólar
Como instrumentos de proteção na carteira, o fundo tende a comprar dólar contra real e, também, o CDS de Brasil, um derivativo de crédito que equivale a um seguro contra o default do país em moeda estrangeira.
Diante da frustração com o anúncio do pacote fiscal em novembro, os preços de ativos sofreram forte deterioração e, assim, as condições de liquidez ficaram bastante prejudicadas, disse o Janeiro.
Os diferentes mercados precificam, assim, diferentes níveis de prêmio de risco, avalia o fundo, na carta.
Com o dólar ao redor dos R$ 6, é improvável que a inflação rode acima de 6,0%, contra quase 7,5% precificado no mercado, disse.
Também é improvável que o BC entenda ser necessário levar a taxa Selic para muito acima dos 15%, contra o nível de 17% precificado na curva na virada do ano, avaliou.
O fundo tem a perspectiva de que a Selic deva fechar o ciclo de aperto ao redor dos 15%.
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