Bloomberg — A Bridgewater Associates demitiu o equivalente a 7% de sua força de trabalho na segunda-feira (6), à medida que o maior fundo hedge do mundo busca permanecer enxuto e manter a flexibilidade para contratar os melhores talentos, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto que falou com a Bloomberg News.
Os cortes afetaram cerca de 90 funcionários, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque a informação não foi anunciada publicamente. A gestora fundada por Ray Dalio, cujo número de funcionários voltou ao que era em 2023, continuará a contratar seletivamente, disse a pessoa.
“Nos últimos três anos, a Bridgewater tem se concentrado na rápida evolução, estabelecendo grandes metas e não parando de forma alguma para alcançá-las”, disse um porta-voz da empresa com sede em Westport, no estado do Connecticut, em um comunicado.
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"Isso inclui fazer coisas difíceis durante os bons tempos, como manter um nível elevado e manter a organização ágil."
A Bridgewater, liderada pelo CEO Nir Bar Dea desde 2022, registrou retornos de dois dígitos para a maioria de suas estratégias no ano passado, incluindo um ganho de 11,3% para seu fundo macro Pure Alpha, o melhor desempenho desde 2018.
A gestora tinha cerca de US$ 160 bilhões em ativos sob gestão em julho passado, dado mais recente divulgado.
Desde que assumiu o cargo de CEO exclusivo em março de 2023, Bar Dea passou a reduzir o tamanho do principal fundo da empresa, a cortar custos e a reformular a cultura da empresa.
Em seu primeiro ano no cargo, Bar Dea embarcou em uma grande mudança na administração: demitiu alguns veteranos de longa data e promoveu outros funcionários como parte de uma ampla reforma.
Em uma carta que divulgou os cortes de empregos aos investidores, a Bridgewater disse que a equipe de liderança da empresa “garante que sua estratégia e seus recursos estejam alinhados” para atingir seus objetivos.
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"O resultado será um ecossistema mais dinâmico de ideias, inovação e impacto que enfatiza nossos valores meritocráticos."
No ano passado, outras duas grandes gestoras, a Two Sigma Investments e a Brevan Howard Asset Management, cortaram cerca de 10% de suas forças de trabalho.
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