Bloomberg — A riqueza das famílias dos Estados Unidos atingiu um novo recorde no terceiro trimestre, impulsionada por uma recuperação do mercado de ações antes da eleição presidencial.
O patrimônio líquido das famílias aumentou quase US$ 4,8 trilhões, ou 2,9% em relação ao trimestre anterior, para US$ 168,8 trilhões, segundo relatório do Federal Reserve divulgado em dezembro.
O valor das participações acionárias dos americanos aumentou US$ 3,8 trilhões. O valor dos imóveis diminuiu em quase US$ 200 bilhões após avanços consideráveis no primeiro semestre do ano.
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No terceiro trimestre, os investidores se beneficiaram de uma recuperação do mercado de ações na expectativa de cortes nas taxas de juros pelo Fed e de que Donald Trump retornaria à Casa Branca no próximo ano.
Desde sua vitória na eleição de 5 de novembro, o S&P 500 subiu para novos patamares em meio às expectativas de que o presidente eleito promulgará políticas pró-negócios.
As famílias têm sido o principal motor por trás do crescimento econômico nos últimos anos, uma vez que balanços patrimoniais saudáveis e um forte crescimento salarial têm apoiado os gastos resilientes dos consumidores.
Dito isso, os economistas esperam uma moderação na demanda em um cenário de juros ainda elevados e um custo de vida mais alto.
O relatório do Fed mostrou que os consumidores aumentaram seus empréstimos em um ritmo mais rápido no último trimestre, enquanto os empréstimos das empresas esfriaram.
A dívida comercial aumentou a uma taxa anualizada de 3%, enquanto o crédito ao consumidor não hipotecário aumentou a um ritmo de 2,5%. A dívida hipotecária subiu 3,1% no segundo trimestre. No setor público, a dívida dos governos estaduais e locais cresceu a uma taxa mais lenta.
A liquidez das famílias atingiu um recorde. Os depósitos mantidos por famílias e organizações sem fins lucrativos, que incluem poupanças e contas correntes e fundos do mercado monetário, aumentaram em US$ 379,5 bilhões, chegando a US$ 18,9 trilhões.
-- Com a colaboração de Reade Pickert.
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