Gestora BlueLine, de ex-JPMorgan, encerra atividades após cinco anos

Decisão ocorre após reflexão sobre os desafios estratégicos e conjunturais enfrentados pela gestora, segundo a empresa; indústria de fundos tem sofrido uma onda de resgates

Gestora com sede em São Paulo tinha um pouco mais de R$ 300 milhões sob gestão até outubro, de acordo com dados da Anbima
Por Leda Alvim - Vinícius Andrade
10 de Dezembro, 2024 | 02:38 PM

Bloomberg — A BlueLine Asset Management, gestora de recursos comandada por veteranos do JPMorgan, decidiu encerrar suas atividades após cinco anos à medida que a indústria de fundos local sofre uma onda de resgates em meio a um cenário de juros de dois dígitos.

A gestora com sede em São Paulo, que tinha um pouco mais de R$ 300 milhões sob gestão até outubro, de acordo com dados da Anbima, encerrará todas as atividades no início do ano que vem, disse a BlueLine em um comunicado nesta terça-feira (10).

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A liquidação será determinada por meio de uma assembleia de cotistas pelos administradores fiduciários dos fundos sob gestão.

“Esta decisão foi tomada após uma profunda reflexão sobre os desafios estratégicos e conjunturais enfrentados pela instituição”, disse a gestora.

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A BlueLine se junta a outras gestoras de multimercado que fecharam recentemente após resgates massivos. Clientes têm favorecido instrumentos de renda fixa e outros produtos isentos no Brasil. Os multimercados registraram resgates líquidos de R$ 324,2 bilhões no acumulado do ano, segundo dados da Anbima até novembro.

O principal fundo da BlueLine foi lançado em 2019 por Giovani Silva, que foi responsável por moedas da América Latina e mercados emergentes no JPMorgan. Fabio Akira, outro veterano do banco de Wall Street, comandava o departamento de pesquisa da gestora.

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