A relação das pessoas com o dinheiro e com as instituições financeiras na América Latina passou por transformações profundas nos últimos dez anos, impulsionadas pela digitalização e pela democratização do acesso.
No Brasil, 38% dos brasileiros sequer foram a uma agência nos últimos seis meses, sendo a Geração Z a que apresenta um uso ainda mais acentuado de soluções digitais: 14% nunca fizeram um saque em caixa eletrônico e um quarto nunca realizou um depósito físico. Os pagamentos realizados em caixa eletrônico ou agência eram maioria antes da chegada dos apps. Hoje, os aplicativos das instituições são usados para pagamentos e consultas por uma maioria absoluta (66%).
No México e na Colômbia, o uso de dinheiro em espécie ainda prevalece, mas a evolução também é visível: os entrevistados em todos os países dizem usar com frequência serviços financeiros digitais, sendo os mais populares transferir dinheiro, checar pagamentos futuros e conferir a fatura e o saldo limite do cartão de crédito.
É isso o que mostra uma pesquisa do instituto Ipsos (1) encomendada pelo Nubank, com o intuito de produzir um retrato atualizado do comportamento das pessoas bancarizadas, ressaltando as semelhanças e diferenças entre gerações e países.
Novos parceiros na educação financeira
A pesquisa, que ouviu 1,8 mil pessoas nos três países, destaca que o interesse por educação financeira está crescendo em todas as faixas etárias – sendo especialmente importante entre os Millennials. No Brasil, 84% dos entrevistados afirmaram estar em busca de conhecimento financeiro, número que sobe para 95% na Colômbia.
Em todas as gerações, a idade prevalente para começar a aprender sobre o tema foi aos 20 anos, sugerindo que a Geração Z (18 a 25 anos) está justamente no momento de ter seu primeiro contato.
O estudo também revela que as instituições financeiras digitais têm um potencial maior de serem encaradas como parceiras nessa jornada: os sites ou apps das instituições financeiras são vistos por 4 em cada 10 entrevistados como referência em educação financeira nos três países. Além disso, para 80% dos brasileiros, o simples fato de poderem checar seu saldo no aplicativo contribui para seu controle e planejamento financeiro. Em todos os países pesquisados, o aplicativo do banco é atualmente a principal ferramenta para organizar o orçamento mensal, especialmente para os Millennials.
Sobre dicas de investimentos, 66% dos brasileiros e mais de 70% dos mexicanos e colombianos esperam que suas instituições financeiras façam recomendações sobre o assunto.
“Para o Nubank, isso significa que a demanda do mercado vai muito além de facilitar o acesso ao sistema financeiro pelo cartão de crédito. Esse foi um passo fundamental na história do Nu, mas o crescimento virá para empresas capazes de mostrar a seus clientes como poupar e investir; de dar acesso a produtos sem complexidade e com responsabilidade; de oferecer um serviço eficiente que coloque o cliente no centro; além de atender cada geração de maneira a promover uma relação mais saudável com o dinheiro, independentemente do tamanho de seu patrimônio”, afirma Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil.
Caixinhas, planejamento e futuro
O hábito de investir é recente: 50% dos brasileiros começaram a investir nos últimos dois anos, enquanto na Colômbia e no México, esse número é de 42% e 44%, respectivamente. As Caixinhas do Nubank, ferramenta de organização financeira lançada em 2022, tiveram rápido crescimento nesse período e hoje são usadas por um em cada quatro clientes, inclusive entre aqueles que estão dando seus primeiros passos financeiros.
Entre os 21 milhões de brasileiros que tiveram seu primeiro cartão de crédito entre 2019 e 2023 com o Nubank, 4,8 milhões também passaram a usar as Caixinhas nesse período. O mesmo padrão tem sido observado na Colômbia e no México – este último, inclusive, é o país com maior percentual de clientes de cartão de crédito que também usam as Cajitas.
Dados internos do Nu indicam que elas são ainda mais prevalentes entre os menores de 18 anos no Brasil. Enquanto 24% dos clientes adultos têm investimentos no produto, o engajamento ativo sobe para 27% dos 10 aos 17 anos.
Nos três países-foco da pesquisa, o dinheiro deixou de ser apenas um recurso para resolver problemas e passou a significar planejamento e futuro. E o movimento em direção aos investimentos vem com precaução: o levantamento revela que guardar dinheiro, principalmente para emergências, é prioridade em todos os países, para todas as faixas etárias e níveis de renda. Cerca de metade dos entrevistados citou a “reserva de emergência” como principal objetivo de investimento.
“A partir desses novos insights e da experiência com seus clientes, o Nubank entende que as pessoas estão assumindo um papel de protagonistas de sua vida financeira e que as instituições financeiras são cada vez mais uma ferramenta para impulsionar essa autonomia. Em vez de depender de figuras de autoridade, como gerentes de banco ou referências familiares, os usuários vão atrás de informações pertinentes a sua realidade. Assim, do ponto de vista das instituições financeiras, transparência e acesso a investimentos e informação se mostram cada vez mais importantes para que os clientes possam decidir de maneira autônoma e bem-informada como otimizar seu dinheiro, seja qual for o tamanho de seu patrimônio”, afirma Livia.
Leia a pesquisa completa.
(1) Estudo 24063756-01 Mercado Financeiro Latam realizado pela Ipsos a pedido de Nubank no Brasil, Colômbia e México, representativo de cada país entre 20/09/2024 e 30/09/2024. Foram realizadas 1.800 entrevistas (600 em cada país) entre Homens e Mulheres, de 18 a 55 anos, das classes média/alta, que possuem serviços financeiros em geral (conta corrente/poupança, cartão de crédito, investimentos ou empréstimos). Margem de erro de 4,0p.p.