HSBC unifica áreas e inicia maior reestruturação em uma década com novo CEO

Operações bancárias comerciais e institucionais, que incluem o banco de investimento, serão unificadas, e um novo negócio de wealth e premier banking será criado, em plano orquestrado por Georges Elhedery

Maior banco europeu avança em plano que pretende reduzir gastos, em tamanho ainda não revelado (Foto: Hollie Adams/Bloomberg)
Por Harry Wilson - Ambereen Choudhury - Denise Wee
22 de Outubro, 2024 | 08:13 AM

Bloomberg — O HSBC Holdings revelou uma ampla reestruturação em diferentes linhas de negócios e regiões geográficas, à medida que o recém-nomeado CEO Georges Elhedery avança em um esforço ambicioso para cortar custos no gigante bancário global.

O HSBC combinará suas operações bancárias comerciais e institucionais globais sob o comando de Michael Roberts e vai criar um novo negócio internacional de wealth e premier banking que será supervisionado por Barry O’Byrne. A empresa também vai reformular suas operações regionais em todo o mundo.

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Em conjunto, as mudanças significam que o HSBC (HSBC) embarca em sua maior reestruturação em pelo menos uma década. Elas são o mais recente sinal de que Elhedery tem sido pressionado a cortar custos a fim de proteger as margens da empresa, à medida que os bancos centrais de todo o mundo começam a reduzir as taxas de juros.

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"A nova estrutura resultará em uma organização mais simples, mais dinâmica e ágil, à medida que nos concentramos na execução de nossas prioridades estratégicas, que permanecem inalteradas", disse Elhedery em um comunicado.

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Os investidores, em grande parte, ignoraram o anúncio, que não incluiu estimativas de quantas funções poderiam ser eliminadas ou quanto o banco economizaria com as mudanças. As ações do HSBC operavam perto da estabilidade perto do meio-dia em Londres.

"Nas últimas semanas, tem havido uma especulação crescente sobre alguma forma de reestruturação no HSBC, à medida que o novo CEO George Elhedery deixa sua marca", disse Ed Firth, analista da Keefe Bruyette & Woods, em uma nota aos clientes. "Infelizmente, sem quaisquer números, é difícil fazer qualquer julgamento significativo."

Nova CFO

As mudanças reduzirão de 18 para 12 o número de executivos que fazem parte do recém-nomeado comitê operacional principal.

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O HSBC também nomeou Pam Kaur como diretora financeira, a primeira CFO mulher em seus 159 anos de história. Ela ingressou em 2013 como chefe de auditoria antes de supervisionar as áreas de risco e compliance.

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“Ela é altamente respeitada e bem conhecida pelo conselho e foi a escolha unânime”, disse o presidente do conselho, Mark Tucker, em um comunicado.

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Como parte da nova configuração geográfica, o HSBC terá uma unidade regional oriental, que inclui a Ásia-Pacífico e o Oriente Médio, e um mercado ocidental, que inclui seu banco sem o varejo no Reino Unido, na Europa e nas Américas.

O HSBC também criou unidades autônomas em Hong Kong e no Reino Unido.

Alguns executivos importantes vão sair como parte da reestruturação.

Entre eles estão Stephen Moss, que dirige o Oriente Médio e o Norte da África, e Colin Bell, que liderou as operações na Europa. Greg Guyett, o atual CEO para global banking e mercados, foi nomeado presidente do grupo de clientes estratégicos, uma função recém-criada.

Com algumas das mudanças, o HSBC se volta para um playbook usado recentemente pelo rival Citigroup (C).

No ano passado, o banco com sede em Nova York eliminou os cargos ocupados por três chefes regionais que supervisionavam as operações em cerca de 160 países em todo o mundo, juntamente com legiões de gerentes com o mesmo foco geográfico. Essas mudanças são parte de um plano que permite o corte mais de 20.000 empregos.

O HSBC provavelmente incorrerá em encargos de reestruturação ao implementar algumas das mudanças, de acordo com Firth. O analista disse esperar mais detalhes sobre esses encargos - que ele estimou que poderiam ser de US$ 100 milhões a “bilhões baixos” - quando a empresa apresentar seus resultados para o ano inteiro em fevereiro.

A nomeação de Elhedery, que assumiu no mês passado, marca uma rápida ascensão para o banqueiro nascido no Líbano e educado na França, cujo desafio agora é mostrar que ele pode aumentar ainda mais o crescimento do maior banco da Europa.

A fusão das divisões de banco comercial e institucional, que abriga seu banco de investimento, encerra um longo debate dentro do HSBC sobre a melhor forma de gerenciar dois de seus maiores e mais importantes negócios. A proposta enfrentou resistência interna no passado e o então CEO do HSBC, Noel Quinn, se opôs à ideia, conforme informou a Bloomberg News anteriormente.

A região oriental fundirá os negócios da Ásia com o Oriente Médio e será dirigida por David Liao e Surendra Rosha. Roberts supervisionará a região ocidental.

“Considero as operações globais do HSBC muito complexas e geograficamente dispersas”, disse Michael Makdad, analista sênior de ações da Morningstar.

“Essa reorganização para simplificar os negócios e separar Hong Kong e o Reino Unido em suas próprias oparações deve ser positiva. Ela também pode ajudar a responder às preocupações dos acionistas na Ásia, que argumentaram há alguns anos que essa separação poderia melhorar os retornos.”

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