Ray Dalio vê economia em equilíbrio e diz que Fed pode agir mais lentamente

Bilionário investidor da Bridgewater Associates disse que o mercado de trabalho saudável, como revelado no payroll de setembro, dispensa a necessidade de ‘cortes significativos’ no juro

Ray Dalio diz que há espaço para o Federal Reserve avalie o impacto de seu corte inicial de juros sobre a inflação
Por Sonali Basak - Erin
08 de Outubro, 2024 | 03:10 PM

Bloomberg — O investidor bilionário Ray Dalio não esperar que o Federal Reserve faça “cortes significativos nas taxas” de juros depois da redução de 0,5 ponto percentual já realizada em setembro.

“A economia está neste momento em relativamente bom equilíbrio”, disse o fundador da Bridgewater Associates, maior fundo hedge do mundo, na terça-feira (8) no Fórum Econômico de Greenwich.

O Fed cortou os juros no mês passado pela primeira vez em quatro anos, mas a forte criação de vagas de emprego em setembro, muito acima do consenso de mercado, proporciona espaço para que aja em um ritmo mais lento daqui para frente.

Em entrevista à Bloomberg News, Dalio também comentou sobre as políticas econômicas dos candidatos presidenciais Donald Trump e Kamala Harris e levantou preocupações sobre o mercado de títulos.

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“Temos uma situação incomum de oferta e demanda” com o mercado de títulos do Tesouro, disse Dalio.

Os títulos do Tesouro constituem um alto percentual dos portfólios de investidores institucionais e parecem “overweighted”, ele afirmou - ou seja, com peso além do necessário. A incerteza geopolítica também é um problema no mercado de títulos do Tesouro, de acordo com Dalio.

“Países estrangeiros se preocupam em manter títulos” porque eles podem sofrer sanções, afirmou.

O investidor se mostrou otimista em relação às políticas econômicas de Trump e classificou seus impostos mais baixos sobre as corporações de “mais classicamente capitalistas”.

“Ele faz uma observação muito boa sobre a capacidade de aumentar tarifas”, disse Dalio, que acrescentou que calculou que as propostas tarifárias de Trump arrecadariam cerca de US$ 800 bilhões por ano.

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