Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!
Fatores como o aquecimento do mercado de trabalho, o aumento dos salários e o cenário externo, além do persistente risco fiscal, devem manter a política monetária mais restritiva até, pelo menos, o segundo semestre do próximo ano.
Essa foi uma das visões consensuais de economistas que lideram a cobertura para o Brasil em bancos de Wall Street em painel sobre as perspectivas para a economia do país em 2025 no Bloomberg Línea Summit, realizado nesta segunda-feira (7) em São Paulo.
Para Leonardo Porto, economista-chefe do Citi para o Brasil, os juros não devem recuar para o patamar abaixo de 10% ao ano novamente tão cedo.
“A Selic de dois dígitos vai ser muito mais norma do que exceção. E a explicação disso é que no Brasil só foi possível colocá-la a um dígito [em situações como] depois da recessão de 2008. O risco fiscal hoje é muito mais alto do que era na época”, disse ele.
Para Cassiana Fernandez, Head de Pesquisa Econômica para a América Latina do J.P. Morgan, e David Beker, head de economia do Bank of America no Brasil, o cenário de taxa Selic na casa de um dígito é factível apenas no médio prazo, a partir do segundo semestre de 2025.
⇒ Leia mais: Selic a dois dígitos acabará sendo norma, e não exceção, diz economista do Citi
No radar dos mercados
As ações europeias caíram na manhã desta terça-feira (8), em linha com uma queda na Ásia e outra liderada pelo setor de tecnologia durante a noite em Wall Street, depois que a expectativa de que a China apoiasse sua economia com novas medidas não foi correspondida.
- Retaliação da China. O governo anunciou que o brandy importado da Europa terá que pagar uma tarifa de até 39% a partir do dia 11, enquanto estuda medida semelhante a carros movidos a gasolina com motorização mais alta. A decisão ocorre dias após a União Europeia aprovar a taxação de elétricos da China.
- Brent perto de US$ 80. O barril recua mais de 1,5% nesta manhã depois de ter voltado a atingir a casa de US$ 80 na véspera, diante das tensões contínuas no Oriente Médio e a ofensiva de Israel.
- Spinoff da Continental. A empresa alemã trabalha com Goldman Sachs e JPMorgan em um plano para realizar a cisão de sua divisão automotiva, segundo uma fonte disse à Bloomberg News.
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🔘 As bolsas ontem (07/10): Dow Jones Industrials (-0,94%), S&P 500 (-0,96%), Nasdaq Composite (-1,17%), Stoxx 600 (-0,18%), Ibovespa (-0,17%)
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Destaques da Bloomberg Línea:
• As ações mais recomendadas para outubro, segundo 12 bancos e corretoras
• Itaú Asset eleva a aposta em emergentes de olho em estímulos da China
• Seca histórica no Brasil eleva os preços globais e ameaça o crescimento da economia
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• Também é importante: Temos que vender carros que as pessoas possam comprar, diz CEO global da Citroën | Root Capital mira mercado de dívida inadimplente com recuperações judiciais em alta
• Opinião Bloomberg: EUA criam mais empregos. Mas as incertezas no mercado de trabalho continuam
• Para não ficar de fora: Chery estuda IPO de US$ 7 bilhões de unidade de automóveis em Hong Kong
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