CEO da Apollo alerta que Fed corre o risco de estimular demais a economia

Em entrevista à Bloomberg News, Marc Rowan, que comanda uma das maiores gestoras de ativos alternativos do mundo, diz que ‘o financiamento está disponível e os preços de imóveis sobem’

Marc Rowan, CEO da Apollo Global Management
Por Allison McNeely
07 de Outubro, 2024 | 05:10 AM

Bloomberg — O CEO da Apollo Global Management, Marc Rowan, disse que não vê motivos para que o Federal Reserve continue a cortar as taxas de juros para estimular a economia no momento.

“O financiamento está disponível. Os preços dos imóveis estão subindo”, disse Rowan em uma entrevista à Bloomberg Television na quinta-feira (3). “Não está claro se precisamos de mais cortes nas taxas.”

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As autoridades do Fed reduziram as taxas de juros pela primeira vez em quatro anos no mês passado e optaram por um corte raro de 50 pontos base.

No início da semana que passou, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que as autoridades continuariam a reduzir as taxas, mas em incrementos menores.

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Na ampla entrevista, um dia após o Investor Day da Apollo - que é uma das maiores gestoras de ativos alternativos do mundo, com atuação destacada em crédito privado e em real estate -, Rowan levantou preocupações de que o banco central possa estimular demais a economia.

“Na medida em que aceleramos a economia e temos que ir na direção oposta”, disse ele, “esse não seria um bom dia”.

A Apollo revelou metas ambiciosas em seu Investor Day, com o objetivo de aumentar os ativos sob gestão para US$ 1,5 trilhão e gerar US$ 10 bilhões de lucros anuais em cinco anos. Os ativos sob gestão estavam na casa de US$ 700 bilhões ao fim de junho.

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É provável que a Apollo forme mais parcerias bancárias semelhantes ao seu acordo com o Citigroup para buscar investimentos em crédito privado, disse Rowan na quarta-feira (2). A gestora poderia formar parcerias internacionais, com empresas com grau de investimento e relacionadas à infraestrutura, disse ele.

O CEO disse que as diferenças entre a dívida pública com grau de investimento e a dívida privada com grau de investimento continuam a diminuir, especialmente porque as agências de classificação de risco de crédito dizem que elas têm a mesma qualidade.

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"Daqui a dezoito meses, não acredito que os investidores saberão a diferença", disse Rowan. "Tudo o que existe nos mercados públicos está chegando aos mercados privados."

Esses desenvolvimentos também se estenderão aos investimentos em ações, disse ele. Os investidores estão excessivamente alocados em algumas ações de grande porte, e o acréscimo de investimentos privados às carteiras 401(k) poderia aumentar os resultados em 50% a 60%, disse ele.

Rowan também advertiu contra o ritmo atual dos gastos do governo, observando que os EUA estão "gastando o dinheiro da próxima geração".

- Com a colaboração de Jonathan Ferro.

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