Este CIO se desfez da posição na China antes de rali. E diz não estar arrependido

Michael Strobaek, do Lombard Odier, avalia que medidas de estímulo não terão impacto duradouro; ele vendeu toda a posição na China desde que assumiu o cargo no fim do ano passado para investir em ativos nos EUA

Michael Strobaek
Por Patrick Winters
30 de Setembro, 2024 | 03:53 PM

Bloomberg — Quando Michael Strobaek ingressou no Lombard Odier como Global Chief Investment Officer (CIO) em novembro, uma de suas primeiras medidas foi vender todas as ações e títulos da China em seus ativos administrados para clientes private.

“Eliminei todos os ativos da China”, disse Strobaek. Em vez disso, ele alocou todos ativos de private banking, de US$ 249 bilhões, em ações, títulos do Tesouro e dólar dos Estados Unidos. Isso funcionou “tremendamente bem”, disse ele em uma entrevista à Bloomberg News na sexta-feira (27).

Mesmo depois que as recentes medidas de estímulo das autoridades chinesas elevaram o índice de referência do país na semana passada ao seu maior ganho desde 2008, Strobaek não se arrepende.

A participação do banco na China era de cerca de 6% de sua alocação estratégica de ativos, que determina como os fundos dos clientes são divididos entre ações, títulos e outros ativos.

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Agora é zero, disse Strobaek. O Lombard Odier tem um total de ativos sob gestão de 209 bilhões de francos suíços, dos quais a maioria é de clientes private, enquanto a unidade de gestão de ativos tem cerca de 63 bilhões de francos.

Os comentários ressaltam as divisões entre os investidores sobre se o estímulo desencadeado na semana passada pela China é o início de uma recuperação mais ampla.

O investidor bilionário David Tepper disse que está comprando “tudo” relacionado à China, depois que as medidas de Pequim superaram as expectativas. Stephen Jen, da Eurizon SLJ Capital, disse que é possível uma “recuperação séria” das ações chinesas, em um relatório para clientes na sexta-feira.

Strobaek, um dinamarquês que se juntou ao Lombard Odier vindo do Credit Suisse no ano passado, não está convencido.

"Não acho que isso terá um impacto sustentável e duradouro sobre o mercado de ações ou a economia", disse ele sobre o estímulo. "É uma medida de curto prazo para estimular alguns sentimentos. E, francamente, quando o governo se envolve nos mercados de capitais de alguma forma material, normalmente vejo isso como um mau sinal."

Embora Strobaek tenha respondido a perguntas sobre como os clientes podem usar a recuperação da semana passada, sua equipe de investimentos tem aconselhado os clientes a participarem à distância - por meio de ações de Hong Kong ou ações relacionadas às exportações chinesas.

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Depois obter ganhos com as ações norte-americanas este ano, ele agora considerauma retração, dado o nível elevado dos valuations.

"Nossos próximos passos serão começar a reduzir de fato as ações dos EUA e investir mais fora dos EUA, inclusive em mercados emergentes", disse ele. "Excluindo a China."

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