Família bilionária da Colômbia investe na 3G Capital, de Lemann, e outros fundos

Documentos indicam que Alejandro Santo Domingo e sua família destinaram recursos, por meio de sua firma de investimentos europeia, a quase uma dúzia de fundos nos EUA

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Bloomberg — Uma das famílias mais ricas do mundo divulgou detalhes adicionais sobre mais de US$ 1 bilhão em investimentos de private equity, à medida que continua expandindo suas participações além do setor que construiu sua fortuna.

Alejandro Santo Domingo e sua família destinaram recursos, por meio de sua firma de investimentos europeia, a quase uma dúzia de fundos nos Estados Unidos fora dos mercados abertos, incluindo fundos da KKR e da 3G Capital, de Jorge Paulo Lemann, de acordo com registros públicos recentes.

A Bevco, firma da família Santo Domingo, também investiu em fundos da Mantle Ridge, a gestora de investimentos ativista por trás dos esforços de recuperação da varejista americana Dollar Tree.

A Bevco tinha € 1,2 bilhão (US$ 1,3 bilhão) em investimentos e parcerias de private equity no final do ano passado, cerca do dobro do total de 12 meses antes, mostram os registros.

Um representante da Bevco, com sede em Luxemburgo, que não detalha completamente seus investimentos em private equity nos relatórios anuais, recusou-se a comentar.

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A dinastia latino-americana construiu sua fortuna no ramo de cerveja e rapidamente aumentou sua riqueza fora do setor na última década, sem tocar em seu principal ativo: uma participação, junto com os fundadores da 3G, na Anheuser-Busch InBev (AB InBev).

A família possui uma fortuna de cerca de US$ 15 bilhões, em grande parte devido à cervejaria, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

Fortuna

A Bevco divulgou os nomes de suas participações em private equity em um registro de agosto referente à sua estrutura acionária, oferecendo uma rara visão sobre uma parte opaca de seu portfólio multibilionário. Não foram divulgados os valores investidos em cada veículo ou os prazos das alocações.

Essas participações incluíram fundos da BDT Capital, de Byron Trott, antes de sua fusão no ano passado com a MSD Partners, de Gregg Lemkau.

As apostas dos Santo Domingos na KKR incluem veículos por trás da compra em 2018 do negócio de margarinas e pastas da Unilever, bem como a aquisição em 2022 da Hunter Douglas, em um negócio que avaliou o fabricante das cortinas Luxaflex em cerca de US$ 7,1 bilhões.

A família colombiana também investiu anteriormente em parcerias com a 3G, com participações no gigante alimentício Kraft Heinz.

Atualmente, cerca de 15% do portfólio da Bevco está alocado em private equity, um percentual maior que as somas que family offices destinam ao setor, de acordo com uma pesquisa recente do Citigroup.

Nos últimos três anos, as alocações da Bevco em private equity aumentaram mais de seis vezes, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Alejandro, de 47 anos, tornou-se o chefe da família após a morte de seu pai em 2011. A atual composição da fortuna da família começou a se formar quando venderam sua participação na cervejaria colombiana Bavaria para a cervejaria britânica SAB Miller em 2005 em troca de ações.

A AB InBev então adquiriu a SAB Miller em 2016, com Alejandro atuando como negociador-chave no acordo de US$ 103 bilhões.

A família também possui uma participação avaliada em mais de US$ 200 milhões na empresa espanhola de imóveis Inmobiliaria Colonial.

Na Colômbia, Alejandro Santo Domingo, que vive em Nova York, é presidente da holding Valorem, que lista oito empresas em seu site, variando de varejo a mídia, passando por imóveis e gás natural.

A Valorem, que lista 12,7 trilhões de pesos (US$ 3 bilhões) em ativos, foi fundada em 1997 como uma forma de separar certos ativos que não se encaixavam no portfólio industrial da Bavaria.

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