Bloomberg — André Laport, co-fundador da Vinland Capital, deixou a gestora.
A decisão foi tomada em razão pessoal, diante da expectativa do executivo de permanecer fora do país, “e todo o processo vem sendo conduzido de forma amigável,” disse a Vinland em resposta à Bloomberg News.
James Oliveira, o outro sócio fundador da Vinland, passa a ser o controlador da empresa e assume também o time de ações. “Não haverá alteração nas estratégias, produtos ou equipes da gestora,” disse a empresa.
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Os fundos multimercado estão sofrendo no Brasil, já que as altas taxas de juros têm reduzido o apetite pelo risco dos investidores.
Essa categoria de fundos registrou saídas líquidas (aportes menos resgates) de R$ 278,9 bilhões nos 12 meses terminados em agosto, segundo a Anbima, a associação de entidades e empresas do mercado de capitais do país.
Não é apenas o mau desempenho que provoca resgates. Uma nova regra do governo federal aumentou a carga tributária sobre os investidores ricos que utilizam fundos exclusivos para aplicar em multimercados, ao mesmo tempo em que reduziu impostos para alguns dos fundos de crédito privado.
Antes de fundar a Vinland, Laport trabalhou por cerca de dez anos no Goldman Sachs, em que chegou a ser o primeiro sócio brasileiro na história do banco de Wall Street.
A Vinland foi fundada em 2018 por Laport e Oliveira, ex-sócio do BTG Pactual. Em 2021, a empresa recebeu um aporte do Rising Star, um fundo do Itaú dedicado a investimentos em gestoras consideradas promissoras.
Em julho, a Vinland tinha cerca de R$ 9,7 bilhões em ativos sob gestão em multimercados, fundos de pensão, ações e fundos de renda fixa, segundo a Anbima.
O Vinland Macro Master FIM teve rentabilidade de 1,57% no acumulado do ano e de 5,29% em 12 meses, segundo dados compilados pela Bloomberg.
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