Gestoras com US$ 8 tri em ativos pressionam bancos por riscos do desmatamento

Grupo que inclui a Fidelity International pede que bancos de seus portfólios interrompam financiamentos que apoiem o desmatamento impulsionado por commodities

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Bloomberg — Um grupo de mais de 30 gestores de investimentos se uniu para pressionar os bancos nos quais têm participação, em um esforço para que eles eliminem o risco de desmatamento de seus balanços.

Instituições como Aviva, Robeco Institutional Asset Management e Fidelity International expuseram suas expectativas em um relatório publicado nesta terça-feira (3).

As empresas têm solicitado aos bancos em seus portfólios de investimento que interrompam financiamentos que apoiem o desmatamento impulsionado por commodities e abusos de direitos humanos.

O anúncio, publicado pelo Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC) e pelo Finance Sector Deforestation Action, que representam gestoras de investimento que administram um total de US$ 8 trilhões em ativos.

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O desmatamento é responsável por cerca de 11% das emissões globais de carbono e é um dos principais fatores de extinção de espécies.

Apesar dos avisos dos cientistas sobre o impacto catastrófico do desmatamento sobre o clima, a proliferação da agricultura, da infraestrutura e da mineração significa que vastas áreas de floresta ainda têm sido destruídas.

Os bancos que concedem empréstimos ou trabalham como coordenadores da emissão de títulos para empresas envolvidas em desmatamento enfrentam uma série de riscos, incluindo riscos físicos, de transição e sistêmicos, de acordo com o IIGCC.

Os gestores de ativos, portanto, têm o dever fiduciário de garantir que os bancos considerem e gerenciem esses riscos, afirmou.

O documento descreve cinco expectativas fundamentais de engajamento para os bancos. Elas incluem avaliação de risco, definição de metas públicas, expectativas claras para os clientes, due diligence e relatórios transparentes.

"O desmatamento é uma questão crítica no centro do nexo entre natureza e clima", disse Stephanie Pfeifer, diretora executiva do IIGCC, em um comunicado. "Os bancos têm um papel enorme a desempenhar na economia global e têm o potencial de efetuar mudanças reais."

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