Buffett volta a vender ações do BofA e, em breve, poderá negociar em segredo

A Berkshire Hathaway tem uma fatia de 11,4% no banco; se cair para menos de 10%, poderá esperar semanas para informar o público – e divulgar apenas após cada trimestre

Buffett, de 94 anos, começou a montar seu investimento no Bank of America com um acordo de US$ 5 bilhões em 2011
Por Katherine Doherty
31 de Agosto, 2024 | 09:00 AM

Bloomberg — A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, não terá que divulgar ativamente suas vendas de ações do Bank of America (BAC) por muito mais tempo. Isto é, se ele continuar a reduzir o investimento.

Uma nova rodada de alienações divulgada na sexta-feira (30) reduziu a participação da holding de investimentos no banco para 11,4%. Enquanto a Berkshire possuir mais de 10%, as regras dos Estados Unidos exigem que ela revele as transações dentro de alguns dias.

No entanto, se a empresa tiver uma participação inferior a 10%, poderá esperar semanas para informar o público – geralmente divulgando os dados apenas após cada trimestre.

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Isso ajudaria a acalmar o drama que pesa sobre o preço das ações do BofA desde meados de julho, quando Buffett – um investidor de longa data do CEO Brian Moynihan – embarcou em uma onda de vendas sem dar motivo. Desde então, a Berkshire obteve um total de US$ 6,2 bilhões.

Nas alienações anunciadas na sexta-feira, a Berkshire recebeu US$ 848 milhões com a venda de cerca de 21 milhões de ações no período de 28 a 30 de agosto.

Buffett, de 94 anos, começou a montar seu investimento no Bank of America com um acordo de US$ 5 bilhões em 2011 para ações preferenciais e bônus de subscrição.

A Berkshire Hathaway acabou se tornando – e continua sendo – o maior acionista do banco, com uma participação de cerca de US$ 36 bilhões, com base no preço de fechamento de sexta-feira (30).

-- Com a colaboração de Peter Eichenbaum.

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