Queimadas avançam no interior de SP e afetam operações de cana-de-açúcar

A Raízen confirmou que o fogo em um canavial perto de sua usina Santa Elisa impactou alguns equipamentos e parte dos estoques de biomassa da companhia

Foco incêndio
Por Leonardo Lara
25 de Agosto, 2024 | 09:56 AM

Bloomberg — O estado de São Paulo, a região mais rica da maior economia da América Latina, enfrenta um número recorde de queimadas devido à baixa umidade e uma onda de calor escaldante.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) compilados entre 22 e 24 de agosto mostram São Paulo com 2.621 focos de incêndio. Outras regiões também foram assoladas por incêndios devido a temperaturas acima da média de cerca de 30 °C e clima seco e sazonal. Mato Grosso, no Centro-Oeste, teve 1.273 incêndios, enquanto o Pará, no Norte, registrou 1.036.

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Uma pesquisa separada do INPE mostra um recorde de 4.973 incêndios em São Paulo no acumulado deste ano, o maior volume desde 1998, início da série histórica.

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“Estamos contratando aviões para pulverizar água, que serão somados às nossas equipes de aeronaves do Corpo de Bombeiros e com reforço das Forças Armadas”, disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que sobrevoou as áreas com maior número de incêndios no sábado (24).

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Dezessete cidades enfrentam focos ativos de incêndio e 36 municípios estão sendo monitorados e estão em alerta máximo para o fogo, de acordo com uma nota do governo estadual que citou o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil.

A Raízen (RAIZ4) confirmou incêndios em um canavial perto de sua usina Santa Elisa. As chamas foram controladas no mesmo dia, mas atingiram alguns equipamentos da empresa e parte dos estoques de biomassa. A área é a maior produtora de cana-de-açúcar.

O governo estadual instalou um gabinete de resposta rápida em 23 de agosto que inclui especialistas da Defesa Civil Estadual e das secretarias de Segurança Pública, Agricultura e Abastecimento, bem como Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. Mais de 7.300 pessoas, entre profissionais e voluntários, foram mobilizadas para combater as chamas e orientar a população, diz a nota.

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O governo federal também está “trabalhando para que as medidas sejam tomadas o mais rápido possível e a situação seja resolvida”, disse o ministro das Relações Institucionais do Brasil, Alexandre Padilha, por meio de sua conta no X (antigo Twitter).

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