Bloomberg — O diretor de tecnologia do Goldman Sachs (GS), Atte Lahtiranta, trocou o banco de Wall Street pela Citadel, a gestora de fundos hedge de Ken Griffin.
A Citadel contratou Lahtiranta para dirigir seu principal grupo de engenharia, responsável pela tecnologia que sustenta suas funções de negociação e risco — o tipo de função que o próprio Griffin identificou como tendo a atenção dos chefes das grandes empresas de investimento.
O foco na inteligência artificial colocou os holofotes em cargos como CTO (Chief Technology Officer) e diretor de informações, disse Griffin na Conferência Global do Milken Institute em maio. Os executivos que ocupam esses cargos têm assentos importantes na mesa e “eles têm a atenção do CEO”, disse ele.
Depois de ser contratado pelo Goldman em 2019, Lahtiranta foi imediatamente colocado à prova em seus primeiros meses de trabalho, pois o início da pandemia de covid-19 forçou os trabalhadores da empresa, assim como muitos outros, a trabalhar de casa e a continuar as operações em locais diferentes — um período que acabou se mostrando imensamente lucrativo para o banco de investimento.
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Empresas como a Citadel e suas rivais têm se esforçado cada vez mais para atrair os melhores talentos dos grandes bancos e de seus concorrentes. O mercado cada vez mais competitivo levou a pacotes de remuneração cada vez mais caros para uma variedade de funções.
O fundo hedge de Griffin tem sido um destino popular para os veteranos do Goldman Sachs, com posições-chave de investimento, operacionais e administrativas ocupadas por executivos que já trabalharam no banco sediado em Nova York. Entre eles está Pablo Salame, ex-chefe de negociação do Goldman, que agora ajuda a administrar o fundo hedge.
O sucesso da Citadel se baseou em sua experiência em engenharia e em sua capacidade de atrair talentos, de acordo com Umesh Subramanian, que fez carreira no Goldman e agora é CTO da Citadel.
“Estamos ansiosos para dar as boas-vindas a Atte”, disse ele.
Lahtiranta fez parte de uma onda de contratações feitas pelo Goldman fez nos primeiros dias do período em que o CEO David Solomon esteve à frente da empresa. Isso marcou uma ruptura em relação aos anos anteriores, quando o banco de investimentos relutava em contratar rivais no nível de sócio, seu posto mais alto.
A contratação de Lahtiranta e Marco Argenti - agora diretor de informações do Goldman - foi elogiada na época por Solomon, que identificou a tecnologia como a área chave para competir em mercados em rápida transformação e ganhar participação dos rivais.
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