Bradesco contrata sócio da Ace para tesouraria e mira mercado secundário de crédito

Gabriel Trebilcock será responsável pela mesa local de negociação no mercado secundário de crédito, área que o banco pretende dobrar em dois anos e se tornar líder

Bradesco
Por Vinícius Andrade - Cristiane Lucchesi
12 de Agosto, 2024 | 02:25 PM

Bloomberg — O Bradesco (BBDC4) contratou Gabriel Trebilcock, um dos sócios fundadores da gestora Ace Capital, como responsável pela mesa local de negociação no mercado secundário de crédito, já que o banco pretende dobrar o negócio em dois anos.

“Queremos nos posicionar como a maior tesouraria do Brasil para venda e negociação no secundário de títulos locais de bancos, empresas e todos os tipos de papéis isentos de impostos, e trouxemos um executivo muito experiente para reforçar nossa equipe”, disse Bruno Cardoso, responsável pelo negócio e também por venda e estruturação de derivativos, câmbio e renda fixa para clientes na tesouraria do Bradesco.

Trebilcock começou a trabalhar no banco nesta segunda-feira (12) com uma equipe de seis executivos e vai se reportar a Cardoso. O Bradesco planeja contratar mais quatro pessoas à medida que o mercado crescer, disse Cardoso à Bloomberg News.

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Taxas de juros altas por mais tempo no Brasil têm atraído investidores para fundos de crédito privado, enquanto a grande carteira de crédito do Bradesco dá ao banco vantagem competitiva tanto no trading proprietário de títulos de dívida como na negociação no secundário para clientes, afirmou Cardoso.

Antes de ajudar a fundar a Ace em 2019, Trebilcock trabalhava na tesouraria do Santander Brasil (SANB11). Ele também teve passagens pelo banco corporativo e de investimento do Santander e trabalhou na unidade de riscos de crédito estruturados do banco.

A tesouraria do Bradesco trabalha em conjunto com o banco de investimentos Bradesco BBI, a corretora de varejo do banco, chamada Agora, e gestora de fundos para aumentar os volumes de negociação de crédito privado, disse Cardoso.

A emissão total de títulos locais no Brasil mais que dobrou este ano em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 248,05 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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