Bloomberg — A demanda hoteleira nos Estados Unidos não mostra sinais de uma possível recessão que desencadeou a venda do mercado global na segunda-feira (5), de acordo com o CEO do grupo InterContinental Hotels.
A empresa sediada no Reino Unido, que opera as marcas Holiday Inn e Crowne Plaza, viu a forte demanda no início do verão no hemisfério norte se estender em julho e agosto, disse Elie Maalouf em entrevista à Bloomberg TV.
"Enquanto o PIB continuar a crescer, enquanto a classe média continuar a crescer, viajar é algo que as pessoas realmente preferem fazer e continuam a querer fazer", disse Maalouf. "Portanto, estamos muito otimistas quanto ao crescimento contínuo da demanda no longo prazo."
Os mercados globais despencaram na segunda-feira (5) em meio a preocupações de que os EUA poderiam entrar em recessão, embora tenha havido alguma recuperação nesta terça-feira (6).
Maalouf sugeriu que havia espaço para aumentar os preços mais do que outros setores, uma vez que as tarifas dos hotéis só acompanharam a inflação desde a pandemia.
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A visão contrasta fortemente com outros segmentos do setor de viagens. A companhia aérea Ryanair disse que as tarifas cairão neste verão, à medida que os consumidores reduzirem os gastos. Avisos semelhantes foram feitos por outras companhias aéreas, como a Deutsche Lufthansa, a Qatar Airways e a Delta Air Lines.
Maalouf estava falando depois que o grupo registrou um aumento de 4% na receita total para US$ 2,32 bilhões nos primeiros seis meses do ano. A receita por quarto disponível aumentou 3% no período, com os preços dos quartos nos EUA crescendo em geral desde abril.
A empresa teve dificuldades na China, onde os preços médios dos quartos caíram 7% no segundo trimestre, com a desaceleração da economia.
As ações do IHG subiram ligeiramente nesta terça-feira (6), levando os ganhos do ano para 4,5%.
Maalouf também disse que foi "preocupante" ver os distúrbios da extrema direita no Reino Unido, onde um pequeno número de seus hotéis foi atacado porque estão sendo usados pelo governo britânico para abrigar pessoas que buscam asilo. A violência também afetou os varejistas.
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