Bloomberg — O Banco Master fechou um acordo para alugar o último espaço disponível em um arranha-céu de Miami que se tornou um símbolo da expansão do setor financeiro na cidade, de acordo com pessoas familiarizadas com o negócio ouvidas pela Bloomberg News.
A instituição financeira assinou um contrato de aluguel de 2.415 metros quadrados no edifício 830 Brickell, de acordo com as pessoas. O banco pagará cerca de US$ 190 por pé quadrado (aproximadamente US$ 2.045 por metro quadrado), um recorde na Flórida e um valor equivalente ao espaço de escritório mais caro de Manhattan.
A torre, desenvolvida pela Cain International e pelo OKO Group, atraiu uma lista de inquilinos renomados, incluindo Citadel, Thoma Bravo e Microsoft (MSFT). Os atrasos na construção adiaram a conclusão do edifício para a primavera de 2025 no hemisfério norte, em comparação com a meta inicial do final de 2022.
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Os representantes do edifício 830 Brickell não quiseram comentar o contrato de aluguel. O Banco Master também não quis comentar.
O sucesso do edifício em atrair inquilinos reflete a rápida transformação de Miami em um centro financeiro e de tecnologia. Justin Oates, vice-presidente sênior da Cain International, disse que as taxas de aluguel subiram desde o lançamento do projeto em 2018, de US$ 70 o metro quadrado para US$ 100 no início de 2022.
O edifício se tornou um símbolo da nova Miami, segundo Oates. “Tem sido um impulsionador.”
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A torre se beneficiou do fato de ser a única na cidade quando as empresas começaram a se expandir operações em Miami. É a primeira torre de escritórios Classe A a ser entregue no distrito de Brickell, localizado na região central, em mais de uma década, de acordo com os desenvolvedores.
Originalmente, a Cain International e o OKO Group planejavam ocupar o espaço agora alugado para o Banco Master. No entanto, eles optaram por alugá-lo quando perceberam a alta demanda por escritórios premium.
"Tínhamos mais locatários do que espaço", disse Oates. "Tivemos muita sorte com nosso timing".
Desaceleração
É provável que o edifício seja a última grande nova torre que o Brickell, o centro financeiro de Miami, verá pelos próximos cinco anos.
Outros projetos imobiliários comerciais que aspiram replicar o sucesso do empreendimento até agora têm tido uma demanda menor.
Uma torre do bilionário Steve Ross, que pretende ser a mais alta de Miami, ainda não anunciou contratos de locação. Outro projeto, um edifício de 51 andares chamado 848 Brickell, apoiado pela Sterling Bay de Chicago, enfrenta problemas semelhantes.
A crise no mercado de escritórios de Brickell faz parte de uma desaceleração em toda a cidade. No ano passado, a locação caiu 25% em comparação com o boom em 2022, segundo a Jones Lang LaSalle.
O primeiro trimestre de 2024 foi o início de ano mais lento para novos aluguéns desde 2010, de acordo com a Newmark, uma empresa de consultoria imobiliária.
Steven Hurwitz, diretor-gerente sênior da JLL, tenta fazer o 848 Brickell sair do papel. Ele disse que há vários pequenos inquilinos interessados em escritórios, e agrupá-los pode ser suficiente para compensar a falta de um inquilino âncora.
Ross enfrenta problemas semelhantes no One Brickell City Centre, localizado do outro lado da rua do 830 Brickell. Mais de um ano após a cerimônia de inauguração de sua torre, os desenvolvedores Related e Swire Properties ainda não anunciaram inquilinos.
Para Brian Gale, vice-presidente da Cushman & Wakefield na Flórida, que representou os desenvolvedores nas vendas do 830 Brickell, a escassez de novos concorrentes teve um efeito colateral positivo.
“Eu sei o que estou fazendo — estou aumentando os aluguéis”, disse ele.
-- Atualizada para incluir o posicionamento do Banco Master e mais informações sobre a demanda por imóveis comerciais em Miami.
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