Bloomberg — A BlackRock atraiu US$ 51 bilhões em dinheiro de clientes para seus fundos de investimento de longo prazo no segundo trimestre, levando a maior gestora de recursos do mundo a um recorde de US$ 10,6 trilhões em ativos.
Os investidores adicionaram US$ 83 bilhões aos fundos de índice (ETFs) e US$ 35 bilhões aos ativos de renda fixa em geral, informou a BlackRock nesta segunda-feira (15).
Os fluxos líquidos para os fundos de investimento de longo prazo, contudo, não atingiram a estimativa média de US$ 86 bilhões dos analistas consultados pela Bloomberg.
"O crescimento orgânico foi impulsionado pelos mercados privados, pela renda fixa ativa de varejo e pelo aumento dos fluxos para nossos ETFs, que tiveram seu melhor início de ano já registrado", disse o CEO Larry Fink no comunicado.
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A empresa também teve US$ 30 bilhões em fluxos líquidos para fundos de alta liquidez no período. O total de fluxos líquidos foi de US$ 82 bilhões.
Os gestores estão começando a se recuperar depois de um momento desafiador em meio aos aumentos das taxas de juros do Federal Reserve e da volatilidade nos mercados de títulos nos últimos dois anos.
O índice S&P 500 subiu cerca de 4% no segundo trimestre, depois de um ganho da ordem de 10% nos três primeiros meses do ano, e os investidores estão apostando que o banco central americano começará a reduzir as taxas em setembro.
Isso está alimentando fluxos para fundos de renda fixa, com os gestores destacando os riscos de permanecer por muito tempo em ativos de alta liquidez, que podem não ser mais capazes de oferecer rendimentos de 5% quando as taxas caírem.
ETFs e mercados privados
A BlackRock está se posicionando como um balcão único para uma ampla gama de ETFs e fundos de gestão ativa e passiva, ao mesmo tempo em que busca expandir seus negócios no mercado de crédito privado.
A aquisição da Global Infrastructure Partners pela empresa, no valor de US$ 12,5 bilhões, acrescentará cerca de US$ 100 bilhões em ativos à empresa e a colocará entre os principais investidores em infraestrutura.
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No mês passado, a BlackRock anunciou uma aquisição de 2,55 bilhões de libras da Preqin, a empresa de dados de mercados privados.
Fink e os executivos seniores disseram que a Preqin permitirá à BlackRock “indexar o mercado privado” e usar dados e análises para ampliar o acesso a ativos alternativos.
O lucro líquido ajustado por ação da BlackRock aumentou 12% em relação ao ano anterior, para US$ 10,36, superando a estimativa média de Wall Street de US$ 9,93. A receita aumentou 8%, para US$ 4,8 bilhões, em relação ao ano anterior.
As ações da BlackRock subiram cerca de 2% este ano até o fechamento de sexta-feira (12), ficando atrás do avanço de 18% do índice S&P 500.
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