AXA e BNP Paribas estudam joint venture de gestoras com US$ 1,5 trilhão em ativos

Em novo exemplo de consolidação do segmento, gestoras dos dois grupos financeiros franceses podem ser reunidas, disseram fontes com conhecimento do assunto à Bloomberg News

A French national flag and a flag displaying the AXA SA logo fly outside the insurance company's headquarters in Paris, France, on Tuesday, March 6, 2018. Axa Chief Executive Officer Thomas Buberl’s $15.3 billion purchase of XL Group Ltd., the company’s biggest ever, will make Axa the top provider of commercial casualty coverage just as premiums rise after last year’s hurricanes and California wildfires. Photographer: Christophe Morin/Bloomberg
Por Jan-Henrik Förster - Alexandre Rajbhandari - Pamela Barbaglia
04 de Julho, 2024 | 10:01 AM

Bloomberg — A seguradora francesa AXA estuda opções para sua gestora de investimentos e tem contemplado uma combinação com a gestora do BNP Paribas, em uma potencial joint venture (JV) que teria cerca de € 1,4 trilhão (US$ 1,5 trilhão) em ativos.

As discussões entre as empresas têm se concentrado na criação de uma joint venture entre a AXA Investment Managers e a BNP Paribas Asset Management, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News e que pediram para não serem identificadas porque as negociações são privadas. Tal movimento criaria uma das maiores empresas europeias em AuM (assets under management).

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As deliberações estão em andamento e não há certeza de que as conversas levarão a uma transação, acrescentaram essas pessoas.

Qualquer acordo seria um raro exemplo de uma seguradora e um banco que combinam suas gestoras de ativos. A AXA também avaliou a possibilidade de combinar o negócio com os braços de gestão de ativos de outros rivais franceses, disse uma das pessoas.

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As ações tanto do BNP Paribas como as da AXA subiam mais de 2% às 13h no horário local na Bolsa de Paris. Representantes da AXA e do BNP Paribas se recusaram a comentar.

Gestores de ativos em todo o mundo estão em busca de consolidação, com as operações de muitos bancos e seguradoras sendo vistas como pequenas demais para operar.

Na Europa, empresas como a francesa Amundi - a maior gestora de ativos da Europa, com US$ 2,3 trilhões - têm comprado rivais para aumentar sua escala, o que, em última análise, determina a receita de taxas de gestão dessas empresas.

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Em 2021, o Goldman Sachs concordou em comprar o braço de gestão de ativos da seguradora holandesa NN Group.

Outros expandiram para novas áreas com a aquisição de gestoras com ativos e estratégias que não possuíam.

A AXA Investment Managers tinha € 859 bilhões de ativos sob gestão no final de março, enquanto a BNP Paribas Asset Management tinha € 562 bilhões, de acordo com informações de seus sites.

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A área mais ativa atualmente é a de mercado privado, com muitas empresas de médio porte explorando opções, enquanto grandes gestoras de ativos, como a BlackRock, a maior do mundo, em expansão na área.

Uma joint venture entre as assets da Axa e do BNP Paribas seria uma das maiores da Europa, atrás da Amundi e do UBS

O CEO da AXA, Thomas Buberl, mudou o foco da companhia de seguros de vida para seguros de bens e acidentes e seguros de saúde, para que se torne menos sensível aos riscos de mercado.

O negócio de gestão de ativos da seguradora administra a receita de prêmios da AXA, que é principalmente investida no mercado de renda fixa.

O BNP Paribas, por sua vez, é visto como aberto a negócios para alocar parte de seu excesso de caixa acumulado com a venda de seu negócio de varejo nos Estados Unidos, à medida que a perspectiva de taxas de juros mais baixas incentiva os bancos a diversificarem suas fontes de receita.

A questão do controle provavelmente será fundamental em quaisquer discussões.

O braço de gestão de ativos do Deutsche Bank disse ter mantido conversas preliminares em 2019 sobre se associar a outras empresas, incluindo o UBS Group, a AXA e a Amundi. Mas não explorou cenários em que o Deutsche Bank perderia o controle sobre a unidade, disseram as pessoas.

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