IFC, braço do Banco Mundial para o setor privado, tem novo líder para o Brasil

Mexicano Manuel Reyes-Retana, que já atuava como diretor regional para a América do Sul, assume a operação brasileira, que tem a segunda maior carteira de investimentos da IFC no mundo

Vista de escritórios em São Paulo: IFC tem carteira de investimentos comprometidos de US$ 7 bilhões no Brasil
03 de Julho, 2024 | 02:18 PM

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Bloomberg Línea — Manuel Reyes-Retana foi nomeado o novo líder para o Brasil da International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial que financia projetos do setor privado.

De nacionalidade mexicana, Reyes-Retana já atuava como diretor regional da IFC para América do Sul e assumiu diretamente as operações brasileiras a partir de 1º de julho, segundo comunicado da instituição.

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O executivo já estava baseado no Brasil há um ano e meio e seguirá atuando no escritório do IFC, em São Paulo.

Reyes-Retana substituirá Carlos Leiria Pinto, que seguirá como advisor do vice-presidente para América Latina e Caribe, com foco em assuntos de Amazônia e COP-30.

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O Brasil é o país com a maior programa do IFC na América Latina e Caribe e o segundo maior no mundo, atrás apenas da Índia, com uma carteira de investimentos comprometidos de US$ 7 bilhões.

Diferentemente do Banco Mundial, que atua como um banco de desenvolvimento para financiar governos, principalmente em projetos de infraestrutura, a IFC atua com o setor privado, oferecendo crédito para empresas expandirem seus negócios.

Entre algumas operações recentes está um investimento de US$ 250 milhões no Santander (SANB11) para ampliar o financiamento a micro, pequenas e médias empresas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

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O acordo prevê a estruturação em um social bond (título social) e busca destinar os recursos para negócios em regiões carentes que podem gerar resultados sociais positivos, como geração de emprego e inclusão financeira, segundo a IFC.

Outra operação é um contrato de R$ 120 milhões divulgado nesta quarta-feira (3) para um empréstimo de longo prazo à ComBio, empresa de fornecimento de energia térmica renovável, utilizando o biomassa, energia elétrica de fontes renováveis ou biogás. O acordo prevê que o valor pode ser elevado para até R$ 450 milhões nos próximos 12 meses.

A instituição também tem sido bastante ativa nos últimos anos para oferecer financiamento a startups na região.

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O novo líder para a operação do Brasil trabalha há cerca de 20 anos na IFC. Antes de se tornar diretor para a América do Sul, foi chefe do Grupo de Instituições Financeiras na África por três anos, depois de ter liderado os negócios desse grupo na Europa, Ásia Central, Norte da África e Oriente Médio.

Formado em engenharia industrial pela Universidad Panamericana, do México, o executivo também trabalhou no banco Banamex-Citibank, no México, antes de se juntar à IFC.

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Filipe Serrano

É editor sênior da Bloomberg Línea Brasil e jornalista especializado na cobertura de macroeconomia, negócios, internacional e tecnologia. Foi editor de economia no jornal O Estado de S. Paulo, e editor na Exame e na revista INFO, da Editora Abril. Tem pós-graduação em Relações Internacionais pela FGV-SP, e graduação em Jornalismo pela PUC-SP.