Bloomberg — A Delta Air Lines (DAL), constantemente lembrada por seu serviço premium e como a melhor companhia aérea dos Estados Unidos em pesquisas de satisfação do cliente, agora pretende competir em nível global.
Na quarta-feira (26), a empresa inaugurou seu primeiro Delta One Lounge no Terminal 4 do Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova York – uma iniciativa que a companhia aérea espera que a ajude a rivalizar com concorrentes como a Emirates e a Cathay Pacific, e não apenas com a United e a American.
O lounge recebeu esse nome em homenagem às cabines da classe executiva da Delta, que acabaram de ser renovadas e são chamadas das mesma forma.
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Com quase 3.690 m² – praticamente três vezes o tamanho de seu lounge SkyClub no JFK, inaugurado em julho de 2023, e cerca de 930 m² maior do que o Pier Lounge da Cathay em Hong Kong, que já tem um ano de existência – o lounge Delta One é um espaço amplo com um ambicioso restaurante, uma área de bem-estar e spa, cabines de trabalho à prova de som e serviços de manobrista personalizados.
É o primeiro de muitos que estão por vir: a companhia aérea planeja abrir lounges Delta One menores em Los Angeles, em outubro, e em Boston, em novembro.
A unidade em Nova York também terá uma vantagem quase sem precedentes: inspeções privadas da agência de segurança de transportes americana, a Transportation Security Administration (TSA), que normalmente estão disponíveis apenas em determinados aeroportos com serviços custosos atrelados a um membership.
Os SkyClubs existentes da Delta podem ser acessados com uma assinatura de membership, cartão de embarque de cabine premium, status Gold Medallion ou determinados cartões de crédito, mas o novo lounge será restrito àqueles que possuem cartões de embarque de classe executiva no mesmo dia na Delta ou em companhias aéreas parceiras, como a AirFrance e a KLM.
Uma exceção: passageiros Delta One podem levar um convidado por US$ 100. Até mesmo os membros do Delta 360° Club, apenas para convidados, são bem-vindos somente se tiverem uma passagem de classe executiva ou primeira classe.
Isso torna o lounge Delta One um dos lugares mais exclusivos para descansar – ou comer alguma coisa – antes de um voo noturno, por exemplo. Veja a seguir o que esperar dessa experiência.
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Bar e restaurante
Claude Roussel, vice-presidente de Sky Clubs e Lounge Experience da Delta, tem ambições ousadas para o Delta One Lounge, imaginando-o como um símbolo do luxo de aeroporto de primeira classe em todo o mundo. “Esperamos que este seja o padrão para um lounge de primeira classe em qualquer lugar”, disse ele à Bloomberg durante uma prévia para a imprensa do lounge.
Essa missão toma como base excelentes -- e convenientes -- opções gastronômicas. Um bar central com 140 lugares foram desenvolvidos pela Restaurant Associates, de Danny Meyer, proprietária de restaurantes aclamados em Nova York, como o Tatiana.
Há também balcões de “mercado” e “padaria”, cada um com fachada de mármore branco e cinza e sinalização suspensa. A padaria está repleta de opções para o café da manhã, como tartines de torradas com abacate e barrinhas de limão com maracujá; o balcão de mercado oferece um cardápio de sanduíches e pães, bem como uma estação de frango assado e um bufê de saladas de autoatendimento. Os pães, que cumprem uma função quase decorativa empilhados em cestas atrás do balcão da padaria, são assados na cozinha do lounge.
Embora o restaurante sirva refeições adequadas com três pratos, o cardápio é ambicioso, com pratos como hamachi crudo com crisp de pimentão, frango assado no espeto e um impressionante suflê de chocolate amargo com creme de baunilha para a sobremesa. O atendimento é na mesa.
Para beber algum drinque, você não precisa necessariamente se aproximar do bar de estética art déco sob um lustre de vidro canelado que pende de um teto de folhas de ouro. Os bartenders percorrem os ambientes com carrinhos de bar revestidos de veludo azul para servir bebidas sob demanda. Há também um “Rejuvenation Bar” com bebidas não alcoólicas e água com infusão de frutas.
Uma ressalva: o lounge fica aberto das 4h30 às 23h00. Para os passageiros de voos noturnos, isso pode ser uma limitação, principalmente quando os voos estão atrasados. Como os voos internacionais da Delta saem do Terminal 4 até 23h50, alguns dos passageiros mais abastados da companhia aérea perdem essa oportunidade.
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Design elegante, mas prático
Ao todo, o lounge Delta One tem assentos para 515 passageiros, o que é suficiente, segundo Roussel, para evitar os problemas de superlotação que têm afetado os lounges da Delta em todo o país nos últimos anos.
A paleta de cores inclui dourado, creme e tabaco e é consistente. As almofadas com listras onduladas são da Missoni, a marca que recentemente redesenhou os novos kits de amenidades de bordo da Delta One.
Os espaços variam: há um lounge silencioso com lareira e estantes embutidas em seu perímetro curvo, além de assentos em torno de mesas comunitárias com tampo de mármore e dois tampos que complementam longos bancos de couro. Todos têm amplo acesso a tomadas, além de luz natural das paredes de janelas que dão para o campo de pouso. Em uma seção separada, há cabines para cochilos, além de cabines de trabalho com isolamento acústico e luzes especiais que ajudam a se ajustar ao fuso horário de sua escolha.
Assim como em alguns lounges do SkyClub, o lounge Delta One tem um “terraço interno” com paredes de janelas, assentos para 40 pessoas e uma variedade de plantas que, segundo a companhia aérea, serão alternadas sazonalmente. É uma maneira se sentir como se estivesse tomando ar fresco sem sair do aeroporto.
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Muitos mimos
Além da comida – que rivaliza com qualquer lounge de aeroporto nos Estados Unidos atualmente – o que se destaca é a atenção ao serviço personalizado. Deseja se refrescar em uma das oito suítes com chuveiro? Enquanto isso, um funcionário pode lavar suas roupas com vapor e engraxar seus sapatos. Precisa se desestressar um pouco? Um lounge de bem-estar tem cadeiras de massagem de alta qualidade e tratamentos de spa por ordem de chegada, incluindo um mini ritual de skincare que tira o inchaço dos olhos com globos de gelo de crioterapia e séruns. Também é possível receber uma massagem de 10 minutos nos ombros e no couro cabeludo, desenvolvida para combater o jet lag.
Para oferecer todos esses serviços, Roussel precisou contratar uma equipe com experiência em hospitalidade suficiente – um desafio, devido à escassez de pessoal que tem afetado os aeroportos há anos. “Encontrar o talento, treinar o talento, garantir que todos entendam a missão e a visão desse produto”, diz ele, tornou esse “provavelmente um dos projetos mais desafiadores que fizemos até hoje”.
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