Patria vê oportunidades para empresas do portfólio na Arábia Saudita, diz CEO

Em entrevista à Bloomberg News, Alexandre Saigh diz que companhias como Smart Fit e Frooty avaliam negócios no país árabe e que planos incluem a compra de fertilizantes

Vista de Riad a partir do Kingdom Center: oportunidades de expansão para empresas brasileiras, segundo o Patria (Foto: Jeremy Suyker/Bloomberg)
Por Christine Burke
10 de Junho, 2024 | 06:31 PM

Bloomberg — O Patria Investimentos, uma das maiores gestoras de ativos alternativos da América Latina, trabalha com empresas do seu portfólio para impulsionar investimentos na Arábia Saudita, conforme procura aprofundar as relações com o país.

Pelo menos três empresas que estão no portfólio de investidas do Patria, incluindo a SmartFit e a fabricante de açaí Frooty, estão explorando oportunidades de expansão para a Arábia Saudita, de acordo com o CEO, Alexandre Saigh.

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O Patria também pretende comprar fertilizantes do reino saudita, além do betume que já importa para um relevante projeto rodoviário em que trabalha no Brasil com a ajuda do fundo soberano da Arábia Saudita, o Public Investment Fund (PIF), disse ele.

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”Vemos a Arábia Saudita como um país para expansão. Um lugar muito interessante, com uma população jovem e uma classe média em ascensão – muitas oportunidades”, disse Saigh em entrevista por telefone de São Paulo para a Bloomberg News.

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A crescente colaboração ocorre no momento em que a Arábia Saudita estabelece laços mais profundos com o Brasil como parte do esforço do príncipe da coroa saudita, Mohammed bin Salman, de atrair parceiros estrangeiros que possam ajudar a impulsionar as suas ambições de diversificar a economia do reino para além do petróleo.

O Brasil pode ser uma parte fundamental dessa reforma, conhecida como “Vision 2030″, já que oferece à Arábia Saudita um caminho para aumentar ainda mais a segurança alimentar, desenvolver a sua indústria metalúrgica e garantir mais relações que se alinhem com as ambições em energia verde, de acordo com Saigh.

Brasil e Arábia Saudita já estão entre os seus 20 principais parceiros comerciais, com quase US$ 7 bilhões em fluxos de trocas em 2023, segundo dados compilados pela Bloomberg.

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Esse total poderá atingir US$ 10 bilhões até 2030, à medida que a Arábia Saudita desenvolver indústrias-chave, como o turismo e a hotelaria, que poderão permitir mais importações do Brasil, de acordo com o Gulf Research Center.

Nesta semana, um instituto apoiado pelo PIF, fundo soberano que detém US$ 925 bilhões, irá organizar no Rio de Janeiro a sua primeira conferência de investimentos com foco na América Latina - será o FII (Future Investment Initiative) Priority Summit.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará do evento junto com autoridades sauditas, incluindo o responsável pelo PIF, Yasser Al-Rumayyan, bem como o bilionário Marcelo Claure e executivos do alto escalão de grandes empresas brasileiras.

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