James Gorman deixará a presidência do conselho do Morgan Stanley no fim do ano

Ex-CEO, que deixou o cargo em janeiro, anunciou que cederá o cargo de presidente do conselho, encerrando uma gestão de quase 20 anos no banco de investimentos

Sob Gorman, Morgan Stanley se transformou em uma potência de wealth management
Por Sridhar Natarajan
23 de Maio, 2024 | 03:58 PM

Bloomberg — James Gorman cederá seu cargo de presidente do conselho do Morgan Stanley (MS) no final do ano, encerrando uma gestão de quase duas décadas na empresa, durante as quais ele transformou o banco de Wall Street em uma potência em wealth management.

Gorman, de 65 anos, divulgou seu plano nesta quinta-feira (23), durante a reunião anual de acionistas da empresa.

Nenhum substituto foi nomeado imediatamente, embora se espere que o CEO Ted Pick assuma o cargo eventualmente.

A decisão de deixar o cargo, depois de deixar a função de CEO em janeiro, é vista como um voto de confiança na liderança de Pick.

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Quando Gorman chegou ao topo da empresa, então em crise, em 2010, seu antecessor, John Mack, permaneceu por dois anos como presidente do conselho antes de Gorman consolidar seu controle sobre a empresa.

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Gorman conseguiu uma raridade de Wall Street no ano passado - escolher um sucessor e, ao mesmo tempo, persuadir os candidatos perdedores a permanecerem na empresa.

O ex-executivo da McKinsey em anunciado publicamente seu cronograma para deixar suas funções e já havia sinalizado que deixaria o cargo de chairman até o final deste ano.

O banqueiro nascido na Austrália saiu do Merrill Lynch em 2006 para ajudar a rejuvenescer os negócios de gestão de patrimônio do Morgan Stanley.

Quando se tornou CEO, em 2010, a empresa estava marcada pela crise financeira, que quase a levou à falência.

Gorman projetou um renascimento do banco de investimentos e turbinou uma operação de gestão que agora adminsitra US$ 7 trilhões.

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Pick, de 55 anos, precisa convencer os investidores de que a empresa ainda tem uma história de crescimento promissora pela frente.

Embora as ações do Morgan Stanley tenham avançado 8% este ano, o ganho é, de longe, o mais fraco entre os maiores bancos dos EUA.

Os investidores têm sido cautelosos quanto à capacidade da empresa de continuar a apresentar resultados sólidos em seu rolo compressor de gestão de fortunas, e o banco de investimentos tem cedido terreno para o arquirrival Goldman Sachs (GS).

Pick se comprometeu a continuar a atingir as metas do Morgan Stanley no setor de gestão de fortunas, ao mesmo tempo em que obtém ganhos adicionais no setor de banco de investimentos.

"Acho que estamos no início de um ciclo plurianual de fusões e aquisições", disse ele em abril na teleconferência de resultados da empresa. "Estou me sentindo bem em relação ao início e à metade do ciclo para os negócios clássicos de banco de investimento e mercados de capital em todo o mundo."

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