Luis Stuhlberger assume estratégia de ações da Verde após reestruturação de time

Experiente gestor do multimercado que deu nome à casa assume decisões sobre fundos de ações com saída de Elmer Ferraz, depois das perdas de 7,1% em abril (após taxas)

Luis Stuhlberger, cofundador da Verde Asset e agora à frente também da estratégia de ações (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)
Por Felipe Saturnino - Rachel Gamarski - Vinícius Andrade
21 de Maio, 2024 | 03:19 PM

Bloomberg — Luis Stuhlberger passou a ser o responsável pelas decisões de investimento nos fundos de ações Brasil da Verde Asset Management em meio a uma reestruturação da estratégia depois das fortes perdas registradas em abril, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News.

Elmer Ferraz, gestor de ações, deixou o fundo, disseram as pessoas, que pediram anonimato ao discutir mudanças de pessoal da gestora.

Raul Cavendish e Luiz Paulo Nogueira, que eram analistas de ações do time de Ferraz, também saíram como parte de uma reestruturação na equipe que gere os fundos de ações, segundo as pessoas.

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Stuhlberger, que ajudou a fundar a Verde em 2015 - a origem da casa remonta aos anos 1980, com a então corretora Hedging-Griffo, depois vendida como gestora em 2007 para o Credit Suisse -, será responsável pela tomada de risco nesses fundos por ora, disseram as pessoas, enquanto Antonio Barreto será o responsável pela área de equity research.

A Verde confirmou as mudanças, que foram reportadas mais cedo pelo portal Seu Dinheiro. Nogueira não comentou. Ferraz e Cavendish não responderam a um pedido de comentário da Bloomberg News.

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Perdas em abril

O Verde AM Ações FIA registrou queda de 7,1% após taxas em abril, em comparação com um recuo de 1,7% do Ibovespa no mesmo período.

Posições em Suzano, Itaú Unibanco e XP contribuíram para as perdas no mês passado, de acordo com a carta de gestão do fundo.

Enquanto isso, o principal fundo multimercado da Verde teve retorno negativo de 3,8% após taxas no mês passado, a maior queda mensal desde o fim de 2021, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A Verde, cujo fundo carro-chefe retornou mais de 24.000% desde o lançamento em 1997, gere cerca de R$ 22 bilhões e é uma das principais gestoras independentes do Brasil.

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