Barclays prepara cortes na área de investment banking, dizem fontes

Esforço para reduzir os custos também inclui a demissão de funcionários de mercados globais e da área de research do banco inglês

Barclays
Por Jan-Henrik Foerster e Pamela Barbaglia
21 de Março, 2024 | 12:07 PM

Bloomberg — O Barclays se prepara para cortar centenas de cargos em sua área de investment banking, parte de um esforço para reduzir custos e aumentar lucros, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.

Os cortes afetarão funcionários de mercados globais, da área de research e do braço de banco de investimento, segundo as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

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A expectativa é de que as demissões ocorram nos próximos meses e façam parte do corte anual de funcionários de baixo desempenho, disseram as pessoas.

“Revisamos regularmente nosso pool de talentos para garantir que possamos investir em funcionários de alto desempenho, executar nossa estratégia e entregar aos nossos clientes”, disse o Barclays por e-mail. “No entanto, não há números finalizados para a revisão deste ano.”

Nos últimos meses, gigantes de Wall Street como Citigroup (C) e JPMorgan (JPM) recorreram a demissões como resposta à queda global na atividade de fusões e aquisições (M&As) e mercados de capitais.

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As ações do Barclays subiram até 3% em Londres nesta quinta-feira (21), o melhor desempenho entre os bancos do Reino Unido no índice FTSE 350 Banks Index.

O Barclays há muito tempo enfrenta questionamento dos investidores sobre a viabilidade de suas operações em Wall Street, dado que o negócio de investment banking consome mais capital do que outras divisões da empresa com maiores retornos.

No mês passado, o CEO CS Venkatakrishnan procurou esclarecer essas questões ao traçar planos para que a unidade se torne mais lucrativa, concentrando-se na coordenação de captações e subscrição de ações.

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A participação de mercado do braço de banco de investimento diminuiu nos últimos anos. Com as medidas, o Barclays espera recuperar essa participação para o nível de 4,1% que detinha em 2019.

O banco de investimento “é uma parte crítica do Barclays e continuará a ser uma parte importante do Barclays”, disse Venkatakrishnan no mês passado.

“Estou certo de que há muito mais a ser feito. Nosso banco de investimento precisa ter um retorno maior. E, relativamente falando, tem de se tornar uma parte menor do Barclays.”

--Com a colaboração de Sonia Sirletti.