Morgan Stanley vê alta de 50% em M&As no mundo e aponta setores mais aquecidos

Avaliação é a de que ventos contrários que dificultaram os negócios em 2022 e 2023 perderam força, escreveram os estrategistas liderados por Andrew Sheets

Segundo o banco, risco de uma recessão e questões de regulamentação estão entre os maiores obstáculos aos M&As
Por Alexandra Muller
05 de Março, 2024 | 11:50 AM

Bloomberg — O volume de fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês) deve aumentar 50% neste ano ao redor do mundo à medida que a confiança corporativa se recupera e o crescimento econômico se sustenta, de acordo com o Morgan Stanley (MS).

Empresas dos setores de cuidados de saúde, imóveis e tecnologia estão entre as mais atraentes para M&A, segundo avaliam estrategistas do banco americano liderados por Andrew Sheets.

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Possíveis candidatos para aquisição incluem Acadia Pharmaceuticals e Lumentum Holdings, nos Estados Unidos, assim como ITV, Aston Martin Lagonda Global Holdings, Basic-Fit e Eutelsat Communications, na Europa, escreveu em relatório o Morgan Stanley, citando análises quantitativas que buscaram empresas com características semelhantes a alvos do passado.

A avaliação é de que os ventos contrários que dificultaram os negócios em 2022 e 2023 – o aumento rápido do endividamento, preocupações sobre uma recessão, quedas nos mercados de ações – aliviaram, escreveram os estrategistas.

Agora, os mercados acionários globais estão se recuperando, a emissão de títulos high yield está aumentando e os níveis de caixa das empresas estão altos, disseram.

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“Acreditamos que 2021-2023 teve uma atividade bem menor do que os fatores fundamentais e macroeconômicos indicariam, o que apoia uma recuperação de vários anos”, escreveu o time de estrategistas.

Metade dos analistas consultados disse esperar que a atividade de M&A aumente no setor que cobrem nos próximos 12 meses, 39% acham que ficará inalterada e poucos esperam que piore ainda mais, escreveram os estrategistas.

Os analistas na América do Norte e na Europa foram os mais otimistas, com 63% dos da América do Norte e 67% da Europa prevendo um aumento na atividade ao longo do próximo ano.

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O risco de uma recessão e questões de regulamentação estão entre os maiores obstáculos para os acordos, destaca o Morgan Stanley.

-- Com a colaboração de James Cone.

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