Bloomberg — O Citigroup (C) aumentou o salário da CEO Jane Fraser em cerca de 6% para US$ 26 milhões por um ano em que ela iniciou uma grande reforma do gigante de Wall Street para simplificar as operações e impulsionar a lucratividade.
O banco, sediado em Nova York. concedeu a Fraser um total de US$ 1,5 milhão em salário e US$ 24,5 milhões em remuneração baseada em ações e benefícios em dinheiro referente a 2023, de acordo com um documento divulgado na terça-feira (20).
Fraser, que está no cargo desde março de 2021, foi a única CEO de um grande banco a receber um aumento para 2022, um movimento fortemente atribuído ao fato de ser seu primeiro ano completo liderando a empresa.
O aumento de remuneração ocorre depois que Fraser iniciou o que é considerado a maior reformulação do Citigroup em décadas, projetada para impulsionar a empresa e competir melhor com seus pares mais lucrativos. No mês passado, o banco anunciou o corte de 20.000 empregos em uma tentativa de aumentar a rentabilidade.
O comitê de remuneração do conselho do Citigroup acredita que as “prioridades estratégicas e outras de Fraser estão sólidas e que ela está executando-as de forma rápida e ponderada, visando impulsionar um crescimento sustentável a longo prazo, melhorar os retornos e aumentar a segurança e a solidez”, de acordo com o documento.
As ações do Citigroup subiram quase 14% no ano passado após três anos consecutivos de queda. No entanto, o lucro líquido caiu 38% devido a desacelerações na receita nas áreas de mercado, wealth e serviços bancários do banco, que foram agravadas por despesas crescentes devido a investimentos em grande parte dos negócios.
O pacote de remuneração de Fraser, a única mulher à frente de um gigante bancário dos Estados Unidos, continua sendo o mais baixo de sua categoria.
O Goldman Sachs (GS) aumentou o salário do CEO David Solomon em 24% para US$ 31 milhões, mesmo com o lucro caindo pelo mesmo percentual.
James Gorman, do Morgan Stanley (MS), teve um aumento de 17% para US$ 37 milhões em seu último ano como CEO, enquanto o JPMorgan (JPM) aumentou o salário de Jamie Dimon em 4,3% para US$ 36 milhões.
O CEO do Wells Fargo, Charlie Scharf, teve um aumento de 18% para US$ 29 milhões, enquanto Brian Moynihan, do Bank of America (BAC) foi o único CEO a ter uma redução. Seu salário caiu 3% para US$ 29 milhões.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
PIB brasileiro surpreende, mas cresce sem avanço estrutural, aponta BNP Paribas
Mercado global de M&As tem início de ano aquecido e negócios somam US$ 425 bi
© 2024 Bloomberg L.P.