Bloomberg — O CEO do UBS Group, Sergio Ermotti, quer abrir mão do crescimento para aumentar a lucratividade geral à medida que a integração com o Credit Suisse avança.
“Uma coisa de que precisamos fazer é estar dispostos a sacrificar um pouco do crescimento de receita para melhorar os retornos dos nossos recursos financeiros”, disse Ermotti em uma entrevista à Bloomberg TV nesta terça-feira (6). “Estamos cortando para criar capacidade para investimento.”
O UBS divulgou anteriormente metas atualizadas de lucratividade, prometendo atingir um retorno de 15% sobre o capital CET1 em três anos e de 18% em 2028. A eliminação de ativos indesejados comprados como parte da aquisição do Credit Suisse é uma parte importante dessa estratégia.
Segundo uma apresentação aos investidores na terça-feira, o UBS espera que a maior parte do crescimento nos próximos anos ocorra no banco de investimento e na parte de receitas não relacionadas a juros da unidade de gestão de patrimônio - wealth management. Em contraste, a unidade de varejo e o braço de gestão de ativos devem se manter estáveis.
O banco encerrou 2023 com “momentum forte”, enquanto 2024 será um “ano crucial” no caminho para colher os benefícios da aquisição do Credit Suisse, disse Ermotti na entrevista à Bloomberg TV.
O gigante bancário suíço anunciou que retomará a recompra de ações ainda neste ano, após a conclusão da fusão legal com sua antiga rival no segundo trimestre. Ermotti disse que deseja gastar até US$ 1 bilhão para recomprar ações, com o objetivo de superar os níveis anteriores à aquisição até 2026.
"Queremos ser prudentes na maneira como olhamos as recompras de ações", disse o CEO na entrevista.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
BTG Pactual aponta que pode entregar rentabilidade superior à de 2023, diz CFO
CEO do UBS diz que banco busca sucessor após fusão com o Credit Suisse
©2024 Bloomberg L.P.