Alta no preço do petróleo deve influenciar decisão da Opep+ em próxima reunião

Principais países exportadores devem manter a meta de produção em encontro virtual na próxima semana, segundo declarações de diferentes integrantes do cartel

Sede da Opep em Viena, na Áustria: cartel de países exportadores de petróleo com aliados se reúne no começo de fevereiro
Por Grant Smith - Fiona MacDonald e Salma El Wardany
26 de Janeiro, 2024 | 12:32 PM

Bloomberg — A Opep+ planeja manter o atual nível de produção de petróleo em sua reunião da próxima semana, sem novos cortes, segundo vários membros da delegação do cartel.

A Arábia Saudita e seus aliados iniciaram neste mês os últimos cortes de produção anunciados no ano passado e precisam de mais tempo para avaliar o impacto das medidas, disseram as autoridades, que pediram para não serem identificadas. O Comitê Ministerial Conjunto de Monitoramento do grupo deverá se reunir online na próxima quinta-feira (1º de fevereiro).

Os preços do petróleo até agora mostraram uma reação tímida à redução adicional de oferta de 900 mil barris por dia que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus parceiros começou a implementar neste mês, mesmo diante de tensões geopolíticas no Oriente Médio.

O barril de Brent acumula alta de cerca de 6% neste início de ano, negociado perto de US$ 82 em Londres, depois de afundar quase 20% no quarto trimestre.

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Esse nível de preço é provavelmente suficiente para evitar novas ações do cartel por enquanto, disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank, em Frankfurt.

“Graças ao elevado nível de preços, é improvável que o comitê exija uma mudança de estratégia”, disse Fritsch.

O comitê de acompanhamento da Opep+ se reunirá na quinta-feira por meio de videoconferência.

Não há planos para emitir novas recomendações de política de produção, e os dados completos de janeiro — o primeiro mês das novas restrições — não estarão disponíveis a tempo para a reunião, disse uma autoridade.

As últimas restrições de oferta — que aprofundaram cortes anteriores feitos no ano passado — vigoram por todo o primeiro trimestre, e a Arabia Saudita disse que poderiam “absolutamente” ser prolongadas. As autoridades disseram que é mais provável que uma decisão sobre qualquer prorrogação aconteça mais para frente.

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